Certamente não são os marcianos nem os albaneses. Nenhum desses teve poder, nesses últimos anos, de desarticular as contas públicas, de aumentar gastos acima das receitas, de desorganizar o sistema elétrico, de ignorar o Congresso, de manter um governo desunido. Como ela nomeou Levy para ajuste, pelo menos reconhece que desajustou as contas públicas; como a cada reunião de ministério ela pede unidade, reconhece que não conseguiu unir nem seus ministros em quase cinco anos de governo. Concluiu-se então que quem quer melhorar piorando é a senhora presidente. Ela falou também em impedir “processos não democráticos”.
Ora, não deve estar se referindo a impeachment, porque o partido dela sempre considerou da essência da democracia esse recurso, tanto que o PT foi importante no impedimento de Collor, feito dentro da lei e da ordem. Seu lider, Lula, chegou a ir além, pregando recall de qualquer um que tenha sido eleito. Portanto, se há quem aposta em crescimento e fortalecimento de processos não-democráticos são os que ameaçam pegar em armas, como o MST e a CUT. Aliás, o MST é contumaz em processos não democráticos e ilegais como são invasões e destruição de bens públicos e privados. Isso posto, a gente conclui que ainda não caiu a ficha da presidente, como alguns supõem depois do último anúncio.
Ela ainda não teve a humildade - que é a mais sábia das virtudes - para reconhecer os erros e corrigi-los. Talvez não consiga, porque isso está na personalidade da senhora presidente. Faz parte do seu temperamento não reconhecer o que lhe falta. Pena é que todos os brasileiros estejam pagando por isso. Só de impostos a mais vamos desembolsar 39 bilhões de reais no ano que vem, se os nossos representantes no Congresso aprovarem o que quer a presidente.
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