segunda-feira, 24 de agosto de 2015

ARTIGO, RICARDO NOBLAT - VELÓRIO COM O DEFUNTO AINDA QUENTE


O vice-presidente Michel Temer ficou de encontrá-la, hoje, pela manhã. Pretendia conversar sobre sua disposição de abdicar da coordenação política do governo.
Esperava, pelo menos, que Dilma simulasse interesse em mantê-lo ao seu lado.
Foi surpreendido com a designação por Dilma do seu assessor especial Giles Azevedo para assumir parte das tarefas que eram dele.
Desde a semana passada, como informa o jornal O Estado de S. Paulo, Giles tem se reunido com deputados que apoiam o governo para tratar de cargos e da atuação deles em CPIs.
Por cargos entenda-se o de sempre: dê-me seu voto que eu lhe darei cargos para que possa empregar seus afilhados.
Cuidado para que não sejam pilhados roubando!
Quanto a CPIs: o governo quer ser blindado em todas elas.
Significa: não quer ser investigado para valer em nenhuma.
Onde fica o discurso contra a corrupção?

Ora, não fica. Que novidade há nisso?

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