terça-feira, 14 de abril de 2015

Cinco notas de Carlos Brickmann

CARLOS BRICKMANN
Sabe de nada, o gringoJohn D. Rockefeller, o lendário criador da Standard Oil, dizia que o melhor negócio do mundo é uma empresa de petróleo bem administrada; o segundo melhor, uma empresa de petróleo mal administrada. Mas nem a empresa de petróleo bem administrada se compara, como negócio, aos bancos brasileiros: aqui, quando a economia vai bem, os bancos vão bem. Quando a economia vai mal, os bancos vão ainda melhor. A rentabilidade dos grandes bancos de capital aberto do Brasil foi de 18,23% em 2014, segundo estudo da Economática para a BBC Brasil. A rentabilidade dos bancos americanos não chega à metade: 7,68%.
História mutanteNo programa de TV do PT, uma conclamação estranhíssima: “Agora é hora de reescrever nossa história. Participe do 5º Congresso Nacional do PT”.
No Brasil, o passado é ainda mais imprevisível do que o futuro.
Energia firmeA informação é do Operador Nacional do Sistema Elétrico: os reservatórios das hidrelétricas do Sudeste/Oeste/Centro-Oeste estão com 30% da capacidade de água. Isso significa, segundo o Governo, que dá para escapar do racionamento de eletricidade. Os altos preços da energia também ajudam, reduzindo o consumo. E há chuvas na maior parte da região, ampliando a capacidade de geração.
Concorrência? E os amigos? 
A Prefeitura de São Paulo, do prefeito petista Fernando Haddad, comprou do MST, Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra, 520 toneladas de feijão e mil toneladas de arroz, para a merenda escolar. Sem concorrência, claro. A lei federal 8666 foi deixada pra lá. E os preços? Com base nas informações da Secretaria Municipal de Educação, o feijão custou R$ 2,13 milhões. Dá R$ 4,10 o quilo. Na rede Pão de Açúcar – que compra de empresas, que compram produtor, todos ganhando seu lucro – o feijão carioquinha Qualitá custa R$ 3,91. São 19 centavos de diferença no quilo. Multiplique por 520 mil quilos.
Para agradar aos companheiros petistas, o prefeito Fernando Haddad gastou a mais, só no feijão, quase cem mil reais do contribuinte paulistano. Se a compra fosse feita do produtor, por concorrência pública, e não no varejo, a diferença seria ainda maior.
Retrato do Brasil
Este país se acostumou tanto em driblar a lei que há até um anúncio de lubrificantes para motores Diesel em que, na animação, o caminhão vai na contramão.

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