Uma excelente notícia dos protestos contra Dilma foi a derrota de alguns dos espantalhos da oposição – aqueles reaças caricatos que só constrangem os manifestantes e afastam o cidadão comum da onda contra o governo.
Em Copacabana, o deputado Jair Bolsonaro (aquele que disse que não estupraria a deputada Maria do Rosário “porque ela não merece”) tentou subir no carro de som, mas foi vaiado pelos manifestantes. Diante da vaia, um participante do Movimento Brasil Livre perguntou, pelo microfone, se as pessoas queriam um discurso de Bolsonaro. “Não!”, gritou a multidão.
Em São Paulo, a turma do SOS Forças Armadas, com suas constrangedoras faixas pedindo intervenção militar, ganhou gritos de “Fora!”, “Fora, militares” e “Militares não, eu quero Lula na prisão”. Às 17h, diante das vaias puxadas pelos liberais do Movimento Brasil Livre, o SOS Forças Armadas foi embora do protesto. “Intervenção militar é golpe, é recalque, é inconstitucional”, disse Renan Santos, do MBL. “Quem pede a volta dos militares mais atrapalha que ajuda.”
A derrota dos espantalhos era mais que necessária. Os protestos de ontem mostraram que o descontentamento com o governo tomou conta do eleitor médio, que não se encaixa em estereótipos e pouco se apega a esquisitices ideológicas.
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