Bernard Madoff, de 76 anos, trabalha na lavanderia do presídio. Em dois anos, foi condenado por enganar investidores americanos. Era consultor de investimento, corretor na bolsa e financista. Sua empresa foi a mais importante de Wall Street. Foi condenado por fraudes de 65 bilhões de dólares a 150 anos de prisão. Mas poderá sair da cadeia se conseguir chegar aos 106 anos de idade. Já está preso há sete anos e ninguém fala em semi-aberto ou prisão domiciliar. Os auxiliares dele também foram condenados. Isso é país sério, que não compactua com foras-da-lei.
Aqui, os principais do mensalão desfrutam da “prisão domiciliar”. Ficou apenas o Marcos Valério, que foi um mero operador, executor de ordens. Se eu não puder sair de casa, será o maior dos prêmios. Já não precisarei enfrentar as ruas perigosas do Brasil, o trânsito enervante e viverei para mim, minha famílias, livros e música. Será o paraíso na Terra. Pois os mensaleiros foram premiados com isso. Assim sendo, nada foi corrigido: saiu o mensalão, entrou o petrolão.
E fico a pensar se, de novo, acabarão todos na paz do lar, doce lar.
É bom que a gente não esqueça que corrupto também é assassino. O dinheiro que falta aos hospitais tem matado muita gente. O dinheiro que não chega à Educação, para formar professores e reformar escolas, está matando o futuro do país. Mas também é causa de morte a nossa indiferença à corrupção, ao roubo, à mentira, à impunidade. Nossa capacidade de reagir parece limitada aos estádios de futebol.
Nos entregamos, como cordeiros alienados, à sanha dos lobos espertalhões.
Agora temos um escândalo do tamanho da maior empresa brasileira. Empresa que foi privatizada por partidos políticos. Como partidos não podem ir para a cadeia, pessoas é que devem ser punidas exemplarmente, depois do devido processo judicial. Aqui no Brasil há a mania de não ser claro na responsabilidade pessoal.
Tanto que as manifestações que saem às ruas pedem para punir o crime e não os criminosos; punir a corrupção e não os corruptos. Gente que usou todas as formas para lavar dinheiro, no Brasil, na Suíça e no Caribe. Se nisso estão habituados, por que lavar a roupa suja em casa? Merecem sim, a lavanderia do presídio.
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