segunda-feira, 16 de junho de 2014

PERIGO NO AR

Como qualquer político, Milton Campos também abandonava Brasília às quintas-feiras. Num desses momentos, o vôo para Belo Horizonte seguia tranquilo até que o avião começou a ser sacudido por violenta turbulência. Nervoso, logo ele pediu à comissária uma dose dupla de uísque.
Foi inútil. Pálido, com olhos arregalados e mãos cravadas nos braços das poltronas, ele estava a um passo de um ataque cardíaco.
- O sr. está com falta de ar? – quis saber a preocupada comissária.
- Não, minha filha, estou com falta de terra! – exclamou o velho político.
DP

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