
Vamos combater a desigualdade! Agora me passa o isqueiro para eu acender esse charuto de mil dólares enquanto penso em mais impostos para os ricos…
Se eu falar em magnata, que imagem vem à mente do leitor? Talvez aquela velha figura do ícone do capitalismo antigo, um senhor barrigudo, com cartola, bigode, e um charuto dos mais finos na boca, certo? Mas acontece que essa imagem – ao menos a parte do charuto caro, combina bem mais com a nata da esquerda caviar, os políticos que falam em nome do povo contra os ricos.
Vejam só o que foi divulgado: Bill Clinton, queridinho dos “progressistas” da esquerda americana, gosta de fumar charutos de mil dólares. Atenção! Esse não é o preço da caixa, o que já seria um espanto. É a unidade mesmo!
É assim que os ricaços com fortunas criadas com muita ajuda da política, graças ao discurso de combate às desigualdades, levam suas vidas. Mas não esperem que os igualitários questionem tal incoerência ou hipocrisia. Os empresários ricos que defendem o capitalismo são atacados, mas nunca os políticos que pregam mais estado e levam vida de nababo. Esses são os “representantes do povo”, como nosso querido Lula. São os membros da “elite vermelha”, termo usado por Guilherme Fiuza.
Quando o casal Clinton aceita fazer palestras mundo afora, pelas quais cobra gananciosamente uma fortuna, faz inúmeras exigências dignas de um rei. Hillary, como se sabe, quer ser a primeira presidente americana, ou “presidenta”, em cima de uma plataforma de esquerda. Ela disse que o casal saiu praticamente quebrado da Casa Branca. Uma piada ofensiva para com os pobres de verdade.
Hillary já chegou a dizer que o mercado sabe o preço de tudo, mas não o valor das coisas. De fato, poucos sabem o valor de um charuto cujo preço é mil dólares. Clinton ainda afirma ser uma típica família de classe média, e essa imagem vale ouro para ambos. Gostaria de conhecer alguém da classe média que pode torrar mais de R$ 2 mil para degustar por alguns minutos um charuto. Como escrevi em Esquerda Caviar:
Classe média? Já no primeiro ano de Bill Clinton como governador, o casal teve renda acima de US$ 400 mil, colocando-os no topo dos 1% mais ricos da América. Mas a cara-de-pau de Clinton não serve apenas para cometer perjúrio sobre sexo oral ou dizer que fumou maconha sem tragar. Ele repete que sempre paga a taxa máxima de impostos e, pior!, assina o formulário sorrindo.
Um estudo, porém, revelou que, desde 1991, os Clinton pagaram sete pontos percentuais amenos para a Receita (IRS) do que outros no mesmo grupo de renda. Enquanto a média ficou em 27%, os Clinton pagaram 20%. O casal estabeleceu um “trust” para, entre outras coisas, reduzir consideravelmente os impostos de herança quando morrerem.
Sua filha, Chelsea, casada com um ex-banqueiro do Goldman Sachs (o Satã de Wall Street para a esquerda), comprou um apartamento avaliado em singelos US$ 10 milhões! Fica localizado no Madison Square Park, um dos locais mais reservados e chiques de Nova York. Quantos apartamentos de classe média é possível comprar com essa fortuna?
Não, o sujeito não tem que fazer “voto de pobreza” para ser um político de esquerda defensor de medidas sociais que, supostamente, beneficiariam os mais pobres. Apenas não precisa ser tão hipócrita assim e ficar culpando a ganância dos ricos enquanto manda pelos ares, em forma de fumaça, dezenas de dólares a cada singela baforada!
PS: Em sua coluna de hoje, Ancelmo Gois diz que o ator José de Abreu, o camarada de José Dirceu e defensor de Cuba, está vendendo um Land Rover, mesmo modelo que Silvinho do PT ganhou em troca de influência na Petrobras. Alguém da classe média se habilita?
Rodrigo Constantino
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