terça-feira, 20 de outubro de 2020

NO BOTECO

 


NO BOTECO

A cerveja  já quente no copo, restos de pastel na mesa, poucos clientes no bar na tarde de calor, do bêbado sonolento escorria baba, descendo pelo pescoço e molhando a camisa branca. Moscas bebiam no copo, avançavam sobre migalhas. Depois, já  cheias de bebida e comida, vomitavam os excessos dentro das orelhas do desgraçado, que volta e meia esboçava um tabefe molenga no próprio rosto, procurando por elas.  Quando escureceu a mulher veio buscá-lo. Bonito.


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