quarta-feira, 7 de outubro de 2020

LEMBRANÇAS

 


LEMBRANÇAS 

Arrumando o sotão, Ana pegou e abriu uma pequena caixa de papelão. Emergiram dela lápis de cor, desenhos infantis de árvores, casinhas, bichichos diversos, e seres sem rostos definidos. Também seus filhos , Arno e Anita, também ali estavam diante dos seus olhos. Parece que os ouvia pedindo comida, ou remedinho para os arranhados. Viu passar diante de si, o riso, o choro, e tantas estrepulias dos seus quando pequenos. Porém o tempo havia passado, mais de vinte anos que eles foram morar em outra cidade para encaminhar suas vidas. Mas aquele momento de sonho no sotão, cheio de poeira, acalentava o coração saudoso de mãe, das alegrias e também das peraltices. Vendo aquilo, tantas boas lembranças , a mãe de encheu de alegria para aguardar por filhos e netos ainda no distante natal. Observar no calendário o correr dos dias e meses, e assim encontrar mais energia para enfrentar a rotina diária.


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