“ Deputados federais deveriam ganhar no máximo em torno cinquenta mil reais e mais nada. Que paguem do próprio bolso secretários, aluguel, despesas com automóveis e outros penduricalhos. Não acha o suficiente? Que não se candidate. Que BANDO de mamadores!”
quinta-feira, 30 de abril de 2020
MAMADORES
“ Deputados federais deveriam ganhar no máximo em torno cinquenta mil reais e mais nada. Que paguem do próprio bolso secretários, aluguel, despesas com automóveis e outros penduricalhos. Não acha o suficiente? Que não se candidate. Que BANDO de mamadores!”
DILMÊS
RESPONDENDO EM DILMÊS
A garota pergunta ao rapaz interessado nela:
-Você é casado?
- Boa pergunta querida. Bem, no momento atual, não outrora e jamais no futuro, posso dizer que diante do tempo e dos fatos, de papel passado ou não, ou seja, juiz e padre num local próprio reunidos,confesso que agora estou em dúvida, coisa que não é pertinente com o seu João da padaria, que se ja foi ou será meu sogro, e que não consigo visualizar no contexto.
E você, é casada?
A garota pergunta ao rapaz interessado nela:
-Você é casado?
- Boa pergunta querida. Bem, no momento atual, não outrora e jamais no futuro, posso dizer que diante do tempo e dos fatos, de papel passado ou não, ou seja, juiz e padre num local próprio reunidos,confesso que agora estou em dúvida, coisa que não é pertinente com o seu João da padaria, que se ja foi ou será meu sogro, e que não consigo visualizar no contexto.
E você, é casada?
É MUITA BOSTA!
Dória, FHC, Bruno Covas e Tasso, colocados num saco e pesados, teríamos com certeza uns 250 quilos de bosta.
PSDB, O PARTIDO DOS ENGANADORES
PSDB é o partido dos compradres e amigos. Parece remédio, mas é veneno.
PSDB tem solução para tudo, menos para você (povo).
PSDB tem solução para tudo, menos para você (povo).
terça-feira, 28 de abril de 2020
ISSO JÁ DIZIA NO SÉCULO PASSADO A FELDA, IRMÃ MAIS NOVA DA MELDA
“O Brasil é um país lindo com políticos de bosta. “ (Climério)
CHUCKY E BOB
Chucky, o brinquedo assassino depois de cometer mais alguns crimes estava sendo procurado pela polícia. Para safar-se, fez-se de morto e foi misturar-se entre bagulhos que estavam no lixo. O Bob passou e levou o boneco para casa. É evidente que Chucky encheu-se de alegria; ficaria adormecido por algum tempo e depois que tudo se acalmasse voltaria aos ataques sangrentos. O que ele não sabia é que Bob era na verdade um destruidor. Em oito anos de vida já havia matado três bicicletas, vinte e dois carrinhos de lata e oitenta bonecos da Marvel, salvo outros trucidados que eram de seus amigos. Chucky teve vida curta nas mãos de Bob, muito curta. Antes da primeira hora no quarto de Bob já havia perdido os pés e teve arrancados os olhos, pois o garotinho desejava saber se eram de vidro ou não. Após cortar braços e também a cabeça levou tudo ao quintal, jogou gasolina sobre e colocou fogo. Tencionava derreter tudo e confeccionar uma espada de plástico. Na verdade, Chucky nas mãos de Bob não passava de um principiante.
TAL PAI, TAL FILHO
TAL PAI, TAL FILHO
Toni, sempre bêbado, caiu no poço, já era começo da noite. Na queda arrastou o balde junto. Teve sorte em não se machucar, mas estava quase metido n’água até o pescoço. Gritou por socorro pela noite até se cansar, ninguém apareceu para socorrê-lo. Tentou até subir pelos tijolos, mas após alguns fracassos desistiu. A sorte dele é que passou por ali um vivente que avisou à família.Quando amanheceu o dia a mulher e a mãe dele surgiram na boca. Gritaram: Toni, você está aí? Com a resposta afirmativa,cuspiram para baixo. No momento elas seguravam firme o pai de Toni, que tentava se desvencilhar das duas mulheres. Jogaram então o homem para dentro do poço, sobre o filho. E falaram em uníssono: “Tal pai, tal filho.” Após o feito pregaram tábuas cobrindo a boca do poço e pintaram uma tabuleta: Cuidado! Poço envenenado! Feito o serviço foram à delegacia informar o desaparecimento dos dois.
segunda-feira, 27 de abril de 2020
TOMADAS
Tudo começou na casa de Anselmo. Todas as tomadas da casa pararam de funcionar no mesmo momento. Então as tomadas da cozinha passaram a jorrar água mineral com gás. Do quarto das crianças elas vomitavam extrato de tomate sem pele. Das tomadas da sala observava-se o tilintar no piso de moedas de um centavo. A pequena varanda ficou inundada de bolinhas de sagu. Vizinhos e parentes foram chamados para dar veracidade aos fatos, mas eles também já estavam com o mesmo problema. Então do quarto do casal letrinhas pululavam dos buraquinhos para formar a seguinte inscrição:
“ Não se assustem, mas vocês humanos estavam todos enganados. Eu sou Deus; sim, Deus é uma boa e velha tomada. E o diabo meus queridos é uma tomada de três pinos. ”
Após a mensagem em todas as casas tudo voltou à normalidade.
Tudo começou na casa de Anselmo. Todas as tomadas da casa pararam de funcionar no mesmo momento. Então as tomadas da cozinha passaram a jorrar água mineral com gás. Do quarto das crianças elas vomitavam extrato de tomate sem pele. Das tomadas da sala observava-se o tilintar no piso de moedas de um centavo. A pequena varanda ficou inundada de bolinhas de sagu. Vizinhos e parentes foram chamados para dar veracidade aos fatos, mas eles também já estavam com o mesmo problema. Então do quarto do casal letrinhas pululavam dos buraquinhos para formar a seguinte inscrição:
“ Não se assustem, mas vocês humanos estavam todos enganados. Eu sou Deus; sim, Deus é uma boa e velha tomada. E o diabo meus queridos é uma tomada de três pinos. ”
Após a mensagem em todas as casas tudo voltou à normalidade.
FÓSFOROS
Naquela minúscula caixa havia um fósforo meio depressivo, sem cabeça. Não conversava com ninguém, abatido, triste, um inútil. Numa fria manhã ele surtou. Riscou um irmão contra o outro até a caixa explodir num fogo só. Não sobrou ninguém, até o esmalte da tampa do fogão ficou marcado. Uma vez mais ficou provado que quem não tem cabeça age por impulso e queima até mesmo os seus irmãos.
Naquela minúscula caixa havia um fósforo meio depressivo, sem cabeça. Não conversava com ninguém, abatido, triste, um inútil. Numa fria manhã ele surtou. Riscou um irmão contra o outro até a caixa explodir num fogo só. Não sobrou ninguém, até o esmalte da tampa do fogão ficou marcado. Uma vez mais ficou provado que quem não tem cabeça age por impulso e queima até mesmo os seus irmãos.
MATILDE
Mesa de bar. A fumaça dos cigarros deixa o ambiente sombrio. Baralho, tagarelas em ação, a língua se solta. Envolvido pela embriaguez o verme abre sua caixa de segredos para companheiros de aguardente. Conta à história da esposa Matilde que há anos foi embora, mas que na verdade não foi, tranco na cabeça, jaz enterrada num lugar ermo. Todos riem, acham brincadeira, mas um deles leva a sério. No dia seguinte ele conta o segredo para um amigo, que também tem um amigo policial e antes da seis da tarde o crápula já estava encarcerado contando tudo. Oito anos se passaram do fato, os timbós verdejantes balançam ao vento, máquinas em ação, cavouca aqui e ali, então quase desaparece o timbozal, tantos buracos na paisagem. Uma multidão acompanha e aguarda. No segundo dia surgem ossos, um vestido vermelho e uma sandália de couro cru. Matilde ali posta, Matilde morta, Matilde agora ossos e pó finalmente terá sua justiça.
NA LOJA DE BEBIDAS
Um uísque Passport puxa conversa com uma Caninha 51.
-E aí irmã, quente não?
-Não sou sua irmã!
-Como não?
-Você é uísque, eu sou cachaça.
-Então não somos irmãos?
-Não.
-Melhor assim.
-Melhor por quê?
-Não sendo irmãos podemos namorar.
-Sai fora,! Não gosto de estrangeiros. Ainda mais se vier com gelo.
-Preconceituosa então, só me faltava essa.
-Sou mesmo assim.
-Nem uma bitoquinha?
-Sem chance.
-Magoei. Tomara que você caia dessa prateleira e se quebre toda!
-É praga é? Então tomara que gelem você com gelo de xixi.
E daquele dia em diante não mais se falaram. Ela não caiu da prateleira e foi vendida para um churrasqueiro. Ele foi gelado com cubos de água de coco e desapareceu feliz.
DONA MAYSA
Chico Melancia ouviu falar que Dona Maysa tinha mãos mágicas, curava enfermidades, inclusive psicológicas. A consulta era trinta reais, uma pechincha para quem sofria, pois diziam pelas ruas que era cura na certa. Chico não tinha problemas de saúde, e os familiares estranharam quando ele pediu à irmã que obtivesse uma vaga para ele. No dia e hora aprazado o cliente entrou na sala da quase santa e foi direto com ela: “Dona Maysa, paguei a consulta, porém não tenho nada, meu problema é dinheiro”. Então sacou do bolso um volante da mega e pediu para ela marcar os seis números.
Sobre a fúria tributária das autoridades
“Homens de gênio profundo apresentaram-lhe projetos. Imaginara um lançar impostos sobre a inteligência.
- Todos –dizia ele- se apressarão a pagar, pois ninguém que passar por tolo.
- Declaro-o isento - retrucou o ministro.”
O Homem dos Quarenta Escudos- Voltaire
Vaias inesquecíveis
No final dos anos 70, Paulo Maluf chegou acompanhado de Cláudio Lembo, candidato da Arena a senador, a uma festa no ginásio Ibirapuera. Foram recebidos com uma vaia inesquecível, totalmente dedicada a Maluf. No dia seguinte, ele ligou para o organizador da festa:
- Que vaia, hein?
- Pois é, doutor Paulo, queria pedir desculpas. A gente não esperava...
- Não se incomode com isso – cortou Maluf – esse Lembo não tem mesmo prestígio nenhum. Se eu soubesse que era ruim de povo, não teria ido com ele...
- Que vaia, hein?
- Pois é, doutor Paulo, queria pedir desculpas. A gente não esperava...
- Não se incomode com isso – cortou Maluf – esse Lembo não tem mesmo prestígio nenhum. Se eu soubesse que era ruim de povo, não teria ido com ele...
Quadrinha
Reclamo e grito ao vento
Que o Brasil está assim:
Troca o Pedro, coloca o Paulo
E vamos que vamos sustentando os chupins.
LEÃO BOB
“Está aberta a temporada de caça aos leões. Preciso ficar atento e cuidar do meu pelo. Por certo viverei grandes emoções. Só espero não ir para o empalhamento.” (Leão Bob)
domingo, 26 de abril de 2020
Poeminha -Para Dilma,com ironia
Dilma
Quando você partir
Irei sentir saudade
Da tua calma e serenidade
E tão contagiante alegria
Mas o que ficará para sempre na memória minha e do povo
Serão seus feitos na economia.
VALE PARA MUITOS GOVERNADORES
“O Governo rotineiramente abusa do seu poder. Isso não é uma observação particularmente profunda. Mas, mesmo que ela não elimine a justificação para a existência do governo, deveria nos tornar mais céticos ao avaliar programas estatais expansivos e regulamentações restritivas.” Doug Bandow
IGUAIS
O Brasil é mesmo diferente. Todos são iguais perante a lei, dizem. Pois eu acho que iguais como os nossos não encontraremos em lugar nenhum.
HAIKAI
Vermes públicos
Locupletam-se e sugam nossas forças
Até a completa esqualidez dos contribuintes.
Locupletam-se e sugam nossas forças
Até a completa esqualidez dos contribuintes.
DO BAÚ DO JANER CRISTALDO- domingo, fevereiro 24, 2008 SOBRE MEU DOMINGO
Aos sábados e domingos, minha rotina começa em um dos botecos de meu bairro, o Prainha. Simpático, quase um clubinho, não tem nada demais. Mas sempre há um bom chope e uma boa caipira. Dedico uma ou duas horas à leitura de imprensa de fim de semana, que sempre é mais farta que a imprensa da semana. São os únicos dias em que uso celular. Permaneço em estado randômico, à espera de com quem vou almoçar.
Bueno, estava hoje eu em meu boteco, já havia lido o Estadão e começava a folhear a Veja, cuja capa é um dos grandes momentos do jornalismo nacional: sob a silhueta de Fidel, a manchete: JÁ VAI TARDE.
Tarde mesmo. Foi quando fui abordado por uma pesquisadora.
- Você leu o Estadão?
- Li.
- Achou eficaz a publicidade das casas Bahia?
Que casas Bahia? Eu não havia visto nada. Ela abriu meu jornal. Só no primeiro caderno havia cinco páginas com anúncios de cinco colunas das ditas casas. Juro: eu não havia visto nenhum.
- O que você achou do anúncio do novo Subaru?
Que Subaru? Alguma nova espécie de sanduíche? Seja como for, eu não achava nada porque nada havia visto. Ela abriu de novo o jornal. Havia anúncio de página inteira. Fiquei então sabendo que se tratava de um carro. Ela continuou me interrogando, entre outras coisas sobre a CVC, uma agência de turismo. Tinha anúncio de página inteira, mas eu também não o havia visto. Em todo caso, a CVC eu sabia o que era. Faz turismo de massa, junta em pacotes essa brasileirada infame com espírito de rebanho e os joga em cruzeiros animados pelo Roberto Carlos ou similares. Sim, a CVC eu conheço – respondi –. Tanto que jamais viajarei por ela.
Não vejo publicidade em jornais. Nem na Internet. Não é que não queira ver. É que não vejo mesmo. É como se os anúncios permanecessem em um ponto cego de minha visão. Todo o dinheiro que as empresas investem em publicidade, pelo menos no que a mim diz respeito, é dinheiro jogado fora. Par contre, certos pequenos detalhes de uma reportagem me atingem com força.
Por exemplo, um artigo de Sérgio Augusto sobre o Kosovo. Sempre leio todos os cronistas de um jornal, e particularmente os medíocres. Do Sérgio Augusto, sempre desconfiei de sua erudição arrogante. Como também sempre desconfiei dos jornalistas que assassinam ou mutilam o pronome reflexivo. Até já pensei em criar uma Associação de Defesa do Pronome Reflexivo. Lá pelas tantas, o articulista brande um estranho conceito, que jamais consegui entender, o conceito de albaneses étnicos. Ora, que pode ser um albanês étnico? Albanês não é uma nacionalidade? Nunca me constou que os albaneses constituíssem uma etnia. Mesmo se assim fosse, que distinguiria os tais de albaneses étnicos dos demais albaneses?
Desconfio que o articulista esteja pretendendo referir-se aos albaneses muçulmanos. O que ocorreu nos Bálcãs – e está ocorrendo agora no Kosovo – no fundo foi uma guerra entre católicos, católicos ortodoxos e muçulmanos. Em Mitrovica, o rio Ibar não separa exatamente sérvios e albaneses. Mas católicos ortodoxos e muçulmanos. Isso de albanês étnico é eufemismo ditado pelo políticamente correto.
Mas a máscara do erudito articulista cai mesmo é mais adiante. É quando escreve: “Meses depois, Gelbard confraternizava-se com líderes do Elk”. Ora, que uma cronista social escreva “confraternizava-se”, até que entendo. Cronistas sociais são uma praga do jornalismo e geralmente recrutados entre semi-analfabetos. Que um jovenzinho oriundo da ECA assim maltrate o pronome reflexivo, também entendo. Nos cursos de jornalismo hoje ideologia tem preponderância sobre a gramática. O que não se entende é como um velho jornalista – da época em que ainda se escrevia corretamente – grafe “confratenizava-se”.
Os anúncios de página inteira dos jornais, nem os enxergo. Mas uma flexão destas me fere na alma. Na página seguinte, numa reportagem de Flávia Guerra sobre uma escritora iraniana, esta barbaridade que aos céus clama justiça: “Ela devia usar roupas que jamais marcassem o quadril e o hijab (o véu sagrado que zela pelo recato das mulheres muçulmanas)”.
Sim, o hijab pode zelar pelo recato das mulheres muçulmanas. Mas das muçulmanas árabes. E Marjane Satrapi, a escritora em questão, é persa. Persas não usam hijab. Persas usam chador.
Fosse eu editor, jornalistas que grafam “confraternizava-se” ou que atribuem o hijab às iranianas, primeiro receberiam uma advertência. Em caso de reincidência, olho da rua.
Bueno, estava hoje eu em meu boteco, já havia lido o Estadão e começava a folhear a Veja, cuja capa é um dos grandes momentos do jornalismo nacional: sob a silhueta de Fidel, a manchete: JÁ VAI TARDE.
Tarde mesmo. Foi quando fui abordado por uma pesquisadora.
- Você leu o Estadão?
- Li.
- Achou eficaz a publicidade das casas Bahia?
Que casas Bahia? Eu não havia visto nada. Ela abriu meu jornal. Só no primeiro caderno havia cinco páginas com anúncios de cinco colunas das ditas casas. Juro: eu não havia visto nenhum.
- O que você achou do anúncio do novo Subaru?
Que Subaru? Alguma nova espécie de sanduíche? Seja como for, eu não achava nada porque nada havia visto. Ela abriu de novo o jornal. Havia anúncio de página inteira. Fiquei então sabendo que se tratava de um carro. Ela continuou me interrogando, entre outras coisas sobre a CVC, uma agência de turismo. Tinha anúncio de página inteira, mas eu também não o havia visto. Em todo caso, a CVC eu sabia o que era. Faz turismo de massa, junta em pacotes essa brasileirada infame com espírito de rebanho e os joga em cruzeiros animados pelo Roberto Carlos ou similares. Sim, a CVC eu conheço – respondi –. Tanto que jamais viajarei por ela.
Não vejo publicidade em jornais. Nem na Internet. Não é que não queira ver. É que não vejo mesmo. É como se os anúncios permanecessem em um ponto cego de minha visão. Todo o dinheiro que as empresas investem em publicidade, pelo menos no que a mim diz respeito, é dinheiro jogado fora. Par contre, certos pequenos detalhes de uma reportagem me atingem com força.
Por exemplo, um artigo de Sérgio Augusto sobre o Kosovo. Sempre leio todos os cronistas de um jornal, e particularmente os medíocres. Do Sérgio Augusto, sempre desconfiei de sua erudição arrogante. Como também sempre desconfiei dos jornalistas que assassinam ou mutilam o pronome reflexivo. Até já pensei em criar uma Associação de Defesa do Pronome Reflexivo. Lá pelas tantas, o articulista brande um estranho conceito, que jamais consegui entender, o conceito de albaneses étnicos. Ora, que pode ser um albanês étnico? Albanês não é uma nacionalidade? Nunca me constou que os albaneses constituíssem uma etnia. Mesmo se assim fosse, que distinguiria os tais de albaneses étnicos dos demais albaneses?
Desconfio que o articulista esteja pretendendo referir-se aos albaneses muçulmanos. O que ocorreu nos Bálcãs – e está ocorrendo agora no Kosovo – no fundo foi uma guerra entre católicos, católicos ortodoxos e muçulmanos. Em Mitrovica, o rio Ibar não separa exatamente sérvios e albaneses. Mas católicos ortodoxos e muçulmanos. Isso de albanês étnico é eufemismo ditado pelo políticamente correto.
Mas a máscara do erudito articulista cai mesmo é mais adiante. É quando escreve: “Meses depois, Gelbard confraternizava-se com líderes do Elk”. Ora, que uma cronista social escreva “confraternizava-se”, até que entendo. Cronistas sociais são uma praga do jornalismo e geralmente recrutados entre semi-analfabetos. Que um jovenzinho oriundo da ECA assim maltrate o pronome reflexivo, também entendo. Nos cursos de jornalismo hoje ideologia tem preponderância sobre a gramática. O que não se entende é como um velho jornalista – da época em que ainda se escrevia corretamente – grafe “confratenizava-se”.
Os anúncios de página inteira dos jornais, nem os enxergo. Mas uma flexão destas me fere na alma. Na página seguinte, numa reportagem de Flávia Guerra sobre uma escritora iraniana, esta barbaridade que aos céus clama justiça: “Ela devia usar roupas que jamais marcassem o quadril e o hijab (o véu sagrado que zela pelo recato das mulheres muçulmanas)”.
Sim, o hijab pode zelar pelo recato das mulheres muçulmanas. Mas das muçulmanas árabes. E Marjane Satrapi, a escritora em questão, é persa. Persas não usam hijab. Persas usam chador.
Fosse eu editor, jornalistas que grafam “confraternizava-se” ou que atribuem o hijab às iranianas, primeiro receberiam uma advertência. Em caso de reincidência, olho da rua.
DEIXA COMIGO!
Barata, bicho nojento, asqueroso, filho da imundície, neto da dona lixo, pulga encravada nos pés do demônio. Barata que anda pelos esgotos, pelas paredes da casa, procurando migalhas e motivando caçadas. Apareceu na vista é feito um alvoroço, pega que pega, é veneno, chinelo e tudo mais. Observando a correria num cantinho no marco da porta, lixando unhas e olhando de soslaio, uma bela e robusta lagartixa berra: “Deixa comigo!”
Barata, bicho nojento, asqueroso, filho da imundície, neto da dona lixo, pulga encravada nos pés do demônio. Barata que anda pelos esgotos, pelas paredes da casa, procurando migalhas e motivando caçadas. Apareceu na vista é feito um alvoroço, pega que pega, é veneno, chinelo e tudo mais. Observando a correria num cantinho no marco da porta, lixando unhas e olhando de soslaio, uma bela e robusta lagartixa berra: “Deixa comigo!”
O ENJOADO
Morador da Vila Zulu, Paulinho chega da escola e pede uma laranja. A mãe:
-Não temos laranja!
-Mamão?
-Não temos!
-Presunto tem?
-Não!
-Mortadela?
-Também não!
-Pão?
-Não!
-Arroz?
-Não!
-Salame?
-Não!
-Bolachas?
-Não!
-Pão seco?
-Neca!
-Não temos nada para comer nesta casa?
-Temos sim! Você é que é enjoado! No forno temos lagosta ao molho branco, bobó de camarão e costeletas de carneiro ao molho de tomate. Na fruteira há tâmaras, damascos, abricós e um pouco de chokecherry. Na despensa há Caviar Almas e outros. Por favor, largue mão de enjoamentos!
OLAVO
Olavo sempre descontente, nojento, bufando infeliz pelos cantos, bebendo e jogando. Com trinta e cinco anos ainda não havia se encontrado; lugar algum era o seu lugar, todos eram um lixo. Nada estava bom, azedume para dar e vender. Finalmente aos quarenta anos ele se encontrou, porém não deu certo, pois seu eu também já não era o mesmo. Acabou em suicídio.
sábado, 25 de abril de 2020
UM PACIENTE EM FRIA
O programa de inauguração do Hospital dos Radialistas, no Rio, previa até uma cirurgia a ser realizada pelo então presidente, Juscelino Kubitschek, que era médico em Carlos Frias. Sérgio Porto, o Stanislaw Ponte Preta, não deixaria de fazer uma advertência:
- Não é preciso ser Carlos para entrar em frias. E fígado não é rins, que todo mundo tem dois...
CH
- Não é preciso ser Carlos para entrar em frias. E fígado não é rins, que todo mundo tem dois...
CH
CORREIO DO BAGUALUDO DE DOM PEDRITO
Ronaldo Caiado irá ganhar duas demãos de esmalte sintético para ver melhorar sua cara de pau.
OPINIÃO- POLÍBIO BRAGA
Fortalecido politicamente pelas duas mais controversas posições na condução do combate à pandemia do vírus chinês (confinamento+cloroqujina), mas conduzido como nunca a um confronto político capaz de resultar em ruptura institucional (golpe parlamentar ou auto-golpe), o presidente Jair Bolsonaro decidiu buscar uma composição com a maioria formada dentro do Congresso, no caso com o Centrão (PTB, DEM, MDB, PR e PSD). A fala de domingo do ex-deputado Roberto Jefferson fez parte do pacote e a inevitável renúncia do ministro Sérgio Moro, ameaça permanente aos políticos, foi a cereja do bolo. O presidente optou pela composição para se manter no governo, levando adiante o que puder da causa, porque percebeu que apenas milhões de pessoas nas ruas poderiam protegê-lo do golpe de Estado parlamentar em curso rápido e ainda assim sob risco de romper o estado democrático de direito. A presença de milhões de pessoas nas ruas era urgente para conter o golpe a tempo e nem seria possível em plena crise de pandemia. A inesperada demissão do chefe da PF, sem aviso prévio e sem o assentimento do ministro, foi sinal de que um dos principais peões do governo seria sacrificado - e às pressas. Os golpistas do Eixo do Mal (Maia, Alcolumbre, Dias Toffoli, Rede Globo, PT, DEM, PSDG, governadores e seus asseclas da esquerda, empresários patrimonialistas) estavam caminhando rápido demais, sempre sob a liderança de Rodrigo Maia, e era preciso contê-los.
Começou o Governo Bolsonaro 2.0. Isto chama-se reapolitik (CLIQUE AQUI para saber do que se trata). Toda a discussão enfadonha sobre as razões de um ou de outro é periférica, embora possa transformar-se na razão principal, dependendo das circunstâncias.
É isto.
O presidente decidiu mudar a formação do seu governo, incluindo indicações de parlamentares e de líderes partidários para cargos de relevo, inclusive ministérios. Não foi por menos que sua agenda passou a incluir os líderes do MDB, PSD, PTB, DEM e PR, mas não apenas eles. Vai começar um governo de semi-coalizão.
Aos parceiros que chegarão, estabeleceu estas duas pré-condições:
Ajuste fiscal
Rompido o ajuste fiscal em função do vírus chinês, o governo, no entanto, retomará as medidas de ajuste fiscal assim que se estabelecerem as pré-condições objetivas e subjetivas de dado momentos econômico e social.
Valores sociais e de legalidade
Bolsonaro não abrirá mão do combate à corrupção e do restabelecimento dos princípios da legalidade e da moralidade.
Os novos auxiliares do governo serão aceitos mediante duas condições:
1) Não podem ser lulopetistas e assemelhados.
2) Precisam ter ficha limpa.
às 4/24/2020 10:26:00 AM
Começou o Governo Bolsonaro 2.0. Isto chama-se reapolitik (CLIQUE AQUI para saber do que se trata). Toda a discussão enfadonha sobre as razões de um ou de outro é periférica, embora possa transformar-se na razão principal, dependendo das circunstâncias.
É isto.
O presidente decidiu mudar a formação do seu governo, incluindo indicações de parlamentares e de líderes partidários para cargos de relevo, inclusive ministérios. Não foi por menos que sua agenda passou a incluir os líderes do MDB, PSD, PTB, DEM e PR, mas não apenas eles. Vai começar um governo de semi-coalizão.
Aos parceiros que chegarão, estabeleceu estas duas pré-condições:
Ajuste fiscal
Rompido o ajuste fiscal em função do vírus chinês, o governo, no entanto, retomará as medidas de ajuste fiscal assim que se estabelecerem as pré-condições objetivas e subjetivas de dado momentos econômico e social.
Valores sociais e de legalidade
Bolsonaro não abrirá mão do combate à corrupção e do restabelecimento dos princípios da legalidade e da moralidade.
Os novos auxiliares do governo serão aceitos mediante duas condições:
1) Não podem ser lulopetistas e assemelhados.
2) Precisam ter ficha limpa.
às 4/24/2020 10:26:00 AM
POBRE DE ESPÍRITO
" Um socialista/comunista é ser muito pobre de espírito: jamais o sucesso das boa ideias de uma adversário o fará feliz.Lembro da lei de responsabilidade fiscal."
MORO
Votei no Bolsonaro e não estou arrependido. Estou triste com a saída do Moro, acho que perdemos. Continuarei apoiando as medidas acertadas do governo, serei um crítico seletivo, nada de generalizar. Quero meu país no rumo do progresso,como deseja a maioria, salvo a esquerda canalha e tonta.
THE IRACEMINHA POST
Assessor de Lula informa que o ex-presidente largou definidamente da cachaça. Agora bebe álcool de posto.
GAZETA DO PELUDO DE ITAPIRANGA
Governador Moisés convida Moro para ir com ele abrir novamente o Mar Vermelho.
CLASSIFICADO
Troco som automotivo top de linha, que arrebenta mesmo, por dois aparelhos para surdez.
sexta-feira, 24 de abril de 2020
PERU INÁCIO
Dezembro estava chegando e o peru Inácio não queria morrer. Rezava que rezava para ser poupado nas festas de natal e novo ano. Já não dormia mais, sua angústia era visível. Suas colegas galinhas tentavam consolá-lo dizendo que a vida é mesmo assim; hoje uns e amanhã outros. O galo médico receitou até um ansiolítico. O padre Bode João rogava-lhe que tivesse esperança. Inácio olhava para o ceú azul e não sentia nenhuma alegria, sua única visão era ele bem bronzeado sobre uma farta mesa, rodeado de arroz, saladas e de pessoas embriagadas. O caso é que dezembro chegou e o bom Inácio foi ao forno. Ficou bem moreninho como ele mesmo imaginara; sem dúvida um belo peru. As galinhas amigas agora rezam por sua alma, orientadas pelo Bode João.
VIDA EM CUBA
“Antigamente em Cuba se você não estivesse doente ou estudando todo o resto era uma merda. Agora nem assim você escapa da merda.” (Cubaninho)
HAIKAI
O pajé da grande tribo
Foi corrido da aldeia
Quando descobriram que tratava seus pacientes com Olina.
UM PERIGO
Inseto esperto não aceita sapo como compadre
O mesmo vale para um regime democrático
Que não deve ter comunistas por perto.
ESQUERDISTA
Um esquerdista não diz
Apenas vomita palavras
Mostrando a cada discurso
Sua jumental incoerência e hipocrisia.
Como será a aparência do ser humano do futuro sob regime comunista?
- Ele vai ter mãos pequenas, pois não vai fazer nada com elas - as máquinas trabalharão por ele. Vai ter pés pequenos, pois não precisará andar - vai ser transportado por terra, mar e ar. Vai ter um estômago pequeno pois se alimentará de pílulas com muitas calorias. Também terá uma enorme cabeça, pois deverá pensar muito. Pensar como obter estas pílulas.
AN-POLIT1
- Ele vai ter mãos pequenas, pois não vai fazer nada com elas - as máquinas trabalharão por ele. Vai ter pés pequenos, pois não precisará andar - vai ser transportado por terra, mar e ar. Vai ter um estômago pequeno pois se alimentará de pílulas com muitas calorias. Também terá uma enorme cabeça, pois deverá pensar muito. Pensar como obter estas pílulas.
AN-POLIT1
ALUNOS
Dois jovens canadenses de Toronto resolveram fazer o curso superior para corruptos. Terminado o curso foram instados pelo professor para dizer onde iriam demonstrar suas aptidões. Os dois responderam o Brasil. O professor ficou rindo por alguns minutos e após matriculou os dois num curso de pós-graduação.
TAL AVISO
“Posto nas portas das moradas, creio que tal aviso seria muito comum tal sua correspondência aos inquilinos: Aqui jaz o pensar.” (Eriatlov)
PARAÍSO
Com a trouxa nas costas a devota formiguinha Laura saiu da sua comunidade para conhecer o mundo de fora, apesar dos protestos dos pais e irmãos. Depois de perambular pelo jardim, exausta entrou numa bela casa, e andando pela cozinha encontrou um enorme açucareiro. Resolveu conhecê-lo por dentro. Deliciou-se com tanta doçura. Tomou então seu primeiro banho de açúcar. Radiante, imediatamente voltou para seus familiares e amigos, contando que o Pastor Euclides está certo quando diz que o paraíso existe, e que ela descobriu que o mesmo está dentro daquela casa branca na costa do rio,não muito distante dali.
Com a trouxa nas costas a devota formiguinha Laura saiu da sua comunidade para conhecer o mundo de fora, apesar dos protestos dos pais e irmãos. Depois de perambular pelo jardim, exausta entrou numa bela casa, e andando pela cozinha encontrou um enorme açucareiro. Resolveu conhecê-lo por dentro. Deliciou-se com tanta doçura. Tomou então seu primeiro banho de açúcar. Radiante, imediatamente voltou para seus familiares e amigos, contando que o Pastor Euclides está certo quando diz que o paraíso existe, e que ela descobriu que o mesmo está dentro daquela casa branca na costa do rio,não muito distante dali.
quinta-feira, 23 de abril de 2020
Chefe da PF diz que vai sair porque está exausto e nega divergências com Bolsonaro
O boato sobre a demissão do ministro Sérgio Moro tem a ver com a videoconferência que promoveu hoje o superintendente da PF, delegado Maurício Valeixo. Ele se reuniu com todos os chefes estaduais e avisou que está de saída.
Maurício Valeixo disse que há algum tempo vem avisando Moro a respeito da exaustão com que vem trabalhando.
O delegado informou que pediu demissão ao ministro, mas que sua saída não tem nada a ver com investigações em curso e que sua cabeça não foi pedida por Bolsonaro.
O substituto de Valeixo será escolhido de comum acordo entre Moro e Bolsonaro.
BLOG POLÍBIO BRAGA
Maurício Valeixo disse que há algum tempo vem avisando Moro a respeito da exaustão com que vem trabalhando.
O delegado informou que pediu demissão ao ministro, mas que sua saída não tem nada a ver com investigações em curso e que sua cabeça não foi pedida por Bolsonaro.
O substituto de Valeixo será escolhido de comum acordo entre Moro e Bolsonaro.
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O VÍRUS BONITÃO
Contam por aí que nasceu na Ásia um belo vírus, que além de belo tinha lábia e vestia-se com elegância. Dono de grande fortuna decidiu passear pelo mundo, e certo dia chegou sem alarde ao Brasil. Quando tiveram conhecimento disso, a esquerda festiva, por motivo desconhecido pelo vírus, realizou até jantares em sua homenagem. Mas foi numa Universidade Federal, que por vergonha e em respeito aos de boa índole , não citarei o nome que o pior aconteceu. Marmanjos sem pejo fizeram paparicação sem igual, gente pedindo autógrafo e alguns até suplicando para serem infectados pelo bonitão. Porém a cereja do bolo foi colocada por um professor de filosofia, que ofereceu a bunda ao vírus por uma infectada. O asiático apavorou-se e saiu em disparada. Entrou no primeiro monastério que encontrou e se entregou para Jesus.
DEUS MILHO
DEUS MILHO
O milharal se perdia no horizonte. Milho, deus milho adorado, o amarelo milho da verdade infernal, divino para tontos de todos os calibres. Os jovens adoradores saíram fazendo sacrifícios infames para o deus Milho, que queria sangue para crescer. Sacrifícios foram feitos, a colheita foi boa e os seguidores saíram impunes. Mas o deus Milho não teve tanta sorte como os demais. Foi pego por uma máquina e virou fubá. Pereceu como polenta na mesa de um italiano de muito apetite, rodeado por queijos e salames diversos.
O milharal se perdia no horizonte. Milho, deus milho adorado, o amarelo milho da verdade infernal, divino para tontos de todos os calibres. Os jovens adoradores saíram fazendo sacrifícios infames para o deus Milho, que queria sangue para crescer. Sacrifícios foram feitos, a colheita foi boa e os seguidores saíram impunes. Mas o deus Milho não teve tanta sorte como os demais. Foi pego por uma máquina e virou fubá. Pereceu como polenta na mesa de um italiano de muito apetite, rodeado por queijos e salames diversos.
DECISÃO HISTÓRICA
Liminar do TRF-1 feriu de morte o vergonhoso cartório: as distribuidoras cancelaram contratos de compra de etanol e fez Agência Nacional do Petróleo (ANP) proibir usinas de venderem o produto direto aos postos. Ontem o desembargador federal Jirair Meguerian desfez o absurdo.
CH
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GENERAL NA SAÚDE VAI APURAR COMPRAS DE MANDETTA
O general Eduardo Pazuello na secretaria executiva do Ministério da Saúde, dá tranquilidade ao ministro Nelson Teich e sinaliza a orientação do presidente Jair Bolsonaro de averiguar com discrição e rapidez supostas denúncias sobre contratos e compras da gestão de Luiz Henrique Mandetta. Seu estratégico Departamento de Logística (DLog), por exemplo, revelou incapacidade de fazer compras devidas para combate ao Covid19 e curiosa destreza na relação com fornecedores.
COLUNA CLÁUDIO HUMBERTO
COLUNA CLÁUDIO HUMBERTO
CENTRÃO EQUILIBRA JOGADAS DE MAIA CONTRA O GOVERNO
Agora que o “centrão” entrou em campo, o jogo vai ser diferente. O grupo reúne 351 deputados e ganhou nova denominação, “blocão”, fez sua estreia nesta quarta (22) no apoio explícito ao governo. O grupo tem voto para aprovar e rejeitar qualquer projeto, até emendas constitucionais. Seu apoio pode garantir a tranquilidade que o governo nunca teve. Mas, em política, como na vida, ajoelhou, tem que rezar: Bolsonaro pediu ao PP para indicar o novo presidente do ambicionado FNDE, órgão do MEC.
Coluna Cláudio Humberto
Coluna Cláudio Humberto
O SURTO DE PAULO
Antigamente acordava Paulo o chilrear dos pássaros, abria a janela e deixava a beleza inundar seu quarto. O dia começava com alegria e beleza. Quando saía para o trabalho tinha ainda o cantar dos plumados na sua cabeça. Agora sofre com a poluição sonora, acorda não com pássaros, mas sim com motocicletas e automóveis acelerando diante do semáforo próximo, como se quissem levantar voo. Fora os sons em alto volume de alguns motoristas surdos. Ontem pela manhã ele surtou. Enlouqueceu completamente, estava irreconhecível. Foi à rua e explodiu três automóveis com granadas compradas no Paraguai, e arrebendou dois motociclistas com um taco de aroeira. A mãe de um deles estava na garupa apanhou de chibata, aos gritos de: "educa esse filho da puta, educa!" Paulo foi preso logo depois, e nos seus olhos o via-se o brilho da vingança e nos seus lábios um risinho diabólico.
DELÍRIOS
Homens nos chiqueiros lambuzados de esterco
Mulheres de quatro no pasto e abocanhando grama
Vacas nos telhados tendo gatos sobre suas costas catando carrapatos
No boteco cachorros bebem pinga e jogam baralho fazendo algazarra
Andorinhas tomam banho de piscina usando biquínis coloridos
Papai Noel tem as orelhas de um coelho
O pobre diabo e a falta da malvada alucina
É o começo do fim
Delirium tremens.
NA FRUTEIRA
- Você é um mamão?
-Não, não sou mamão.
-Não é mamão?
-Não. Sou melão.
-Nunca ouvi falar.
-E você o que é?
-Banana caturra.
-Nunca ouvi falar.
-Sou artista, eu canto.
-Eu também. Canto até em espanhol.
-El dia que me quieras?
-Sim.
-Vamos cantar em dupla?
-Vamos!... Acaricia mi ensueño
El suave murmullo
De tu suspirar.
Como ríe la vida...
Nisso se intromete na conversa o abacate.
-Vocês podem ficar quietos, estou tentando dormir.
-Dormir agora durante o dia?- pergunta o melão.
-Sim, ainda estou verde, preciso amadurecer.
Nisso uma distinta senhora passa pela fruteira e leva os dois artistas para sua casa, alegrando por hora o verde abacate que cochila entre macias palhas.
MARIA
Maria não queria João, queria Paulo. O pai de Maria não queria Paulo, queria João. Maria mulher objeto desejava ter amor, voz, vida, luz, liberdade. A mão pesada dos costumes desceu sobre Maria que soluçava pelas noites geladas na solidão da cama, desenhando no chão de areia pássaros livres, tentando resignar-se com seu destino e aceitar o determinado pelo pai. Porém algo dentro dela era mais forte, pois corria por suas veias o sangue da insubmissão e do desejo de todos os mortais de ser feliz. Os dias de Maria eram de tristeza, sabendo que o futuro lhe reservava a mesma vida inglória de diversas outras Marias de sua aldeia. Então quando teve certeza que nada mudaria o contrato acertado da troca de uma mulher por cabras e algum dinheiro, foi ao rio. Lá calmamente se deixou levar pelas águas, entrando num transe de paz, conquistando a liberdade tão almejada.
MOSCA NA SOPA
Um homem taciturno entrou no restaurante e pediu uma sopa de cebolas. Logo que a sopa foi servida uma mosca pousou na sopa ainda quente. O taciturno então chamou o atendente e mandou levar a sopa embora. Disse que iria comer apenas a mosca, mas que pagaria pelo prato todo. E passou a voltar todos os dias para pedir o mesmo. E nada falava além do essencial. O que se sabe é que em poucos dias todas as moscas que moravam no estabelecimento trataram de dar no pé, ou melhor, bater asas para bem longe. O cliente na ausência delas deixou de frequentar o estabelecimento.
quarta-feira, 22 de abril de 2020
ESCARAMUÇAS
Muita coisa não é de domínio público, muitos acontecimentos permanecem ainda no limbo. Conto que na história da humanidade certa vez Uns e Outros se uniram com Beltranos e Sicranos para fazer guerra contra os Coisas Nenhumas e a tribo dos Pouca Bosta. Após muitas escaramuças mataram-se todos e no planeta só restaram os Encardidos e os Desgraçados. Após duas décadas de paz eles também entraram em litígio e feneceram, deixando cidades e campos para Vermes e Baratas que até o presente ainda vivem em paz, ainda, pois os inseticidas e outros exterminadores já estão de olho.
RECALQUE
Os estupradores da verdade
Também da liberdade
Do fato provado e consumado
Tentam fugir da história
E vender um paraíso na América do Sul
No planeta foram mais de 100 milhões de vítimas
Sem contar os que se tornaram loucos
E os que ainda estão aprisionados em campos de tortura
Que diabo de regime bom é este que se impõe pela força
Limitando o direito de ir e vir e de se pensar diferente?
Que droga é essa
Que faz o pensante ser igual ao bronco?
Que faz do ato de dedurar uma arte rotineira?
Só posso pensar que admirar e querer para si tal estúpido regime
Quando não fruto do desconhecimento histórico e da ingenuidade
É desejo forjado em anos de recalque.
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