segunda-feira, 11 de novembro de 2019

POLÍTICA ESPANHOLA

Socialistas vencem na Espanha, mas ficam de novo sem maioria para governar


O resultado eleitoral ameaça o prolongamento do crônico bloqueio que atinge a política espanhola desde 2015, quando o surgimento do Podemos e do Cidadãos pôs fim ao tradicional bipartidarismo PSOE/PP. Desde então, houve quatro eleições legislativas, governos fracos. A eleição desse domingo se deveu ao fracasso do PSOE e do Podemos de fechar um governo de coalizão.

O atual primeiro-ministro e líder socialista espanhol Pedro Sánchez ganhou sem maioria absoluta as eleições legislativas deste domingo na Espanha. A extrema-direita do Vox tornou-se a terceira força do parlamento, que deve permanecer bloqueado. O Vox, extrema-direita, teve o maior crescimento, capitalizado pela crise da Catalunha, somando 52 assentos, mais do que o dobro em comparação aos 24 conquistados em abril.

Com cerca de 64% dos votos contados, o Partido Socialista Operário Espanhol (PSOE) de Sánchez é o vencedor com 124 cadeiras das 350 da Câmara Baixa, uma a mais do que o conquistado nas eleições de 28 de abril, quando também teve maioria absoluta. O conservador Partido Popular (PP) também ganhou espaço, passando de 66 assentos para 83, enquanto o Cidadãos, partido de centro-direita liberal, foi pulverizado, caindo de 57 deputados para somente 10. A esquerda radical do Podemos ficou com 35 deputados e sua cisão Mais País entra na Câmara com 3 cadeiras. 

POLÍBIO BRAGA

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