terça-feira, 5 de novembro de 2019

O GALANTEADOR


Naquela festa de São João, Carlos vislumbrou na bela moça de olhos azuis que servia pipoca, uma verdadeira deusa. Todo galanteador achegou-se para conhecê-la melhor.  Cheio de clichês amorosos, foi apresentando seu enorme cabedal de firulas poéticas. O marido dela então apareceu, sujeito enorme, tipo de maus bofes que causava arrepios.   Carlos tomou fôlego e saiu do local tão rapidamente que derrubou quatro barracas, uma senhora de bengala e atravessou uma fogueira enorme que ardia. Com o corpo todo chamuscado foi aplaudido pelo povo festeiro, mas não parou para agradecer.

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