GINA
Gina, dezoito anos, bela e frágil, meiga e
prestativa. O pai Ernesto era um cavalheiro. A mãe Andradina uma caninana.
Certa amanhã Gina acordou tossindo e vomitando pétalas de rosas. A mãe não se
aguentou- “Ainda vomitasse dólares ou euros. ” Gina morreu no outro dia, seu
corpo exalava um maravilhoso perfume. Foi o velório mais cheiroso do mundo. Até
hoje a ciência ainda não conseguiu uma explicação. Os pais de Gina ainda vivem.
Ele, culto e aberto ao mundo; ela; caminhando para lá e para cá matando grama
com cuspe.
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