FÓSFOROS
Naquela minúscula caixa havia um fósforo meio
depressivo, sem cabeça. Não conversava com ninguém, abatido, triste, um inútil.
Numa fria manhã ele surtou. Riscou um irmão contra o outro até a caixa explodir
num fogo só. Não sobrou ninguém, até o esmalte da tampa do fogão ficou marcado.
Uma vez mais ficou provado que quem não tem cabeça age por impulso e queima até
mesmo os seus irmãos.
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