Amaro era um homem correto; nunca havia saído da
linha, nunquinha. Num sábado ficou só, a esposa Amália fora visitar a mãe. Ele
então foi dominado nos encantos de uma vizinha separada, linda que só. Corpão daqueles de derreter sorvete no
copinho. Caiu em tentação e foi ao motel com ela, todo feliz com o material que
levava. Primeira vez fora da estrada, mas com carrão top de linha. Pega aqui,
pega lá, os dois peladinhos quando um terrorista filho da puta explodiu o
motel. Pois azar do Amaro que morreu; foi que ele rodou nos comentários como
hipócrita e safado, como se tranqueira fosse. E saber que nem deu tempo para
molhar o biscoito.
sábado, 7 de abril de 2018
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