Semilda sempre vestida de preto, um urubu de saias.
O sangue irriga seu cérebro não sei por que, já que vive prostrada maltratando
os joelhos. Do alto espera castigo e
prêmios, o resultado não aparece, mas junta as mãos muito mais que toma banho.
É uma juíza, julga todos, porém se perguntada sobre algo coerente e real é uma
toupeira que não sabe nem quando é dia ou noite. Uma beata, inerte no pensar
como uma batata dentro de um saco na carroceria de um caminhão.
quinta-feira, 23 de agosto de 2018
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