Ele tinha certa dificuldade em fazer amigos. Para
dizer a verdade não tinha nenhuma facilidade em se aproximar de alguém. Para
uns era um grande chato, para outros apenas um jovem profundamente melancólico.
Algo que Joel não sabia era sorrir, sempre taciturno, vivia para si. Naquela
cidade não havia por certo pessoa mais solitária e triste; sua única amiga era uma televisão de 20
polegadas que dele não podia fugir. Do trabalho no banco para casa e nada mais.
Não tinha empregada em casa nem bichos para cuidar. Pensou num cachorro, mas
logo desistiu, não queria ter o trabalho de limpar sua sujeira. Teve sua
tragédia pessoal quando sua noiva o trocou por outra. Não reagiu, não lutou nem
um pouquinho para sair da tristeza, apenas entrou no baú dos solitários. E foi
assim que um dia sua própria sombra resolveu deixá-lo, abandonando um corpo
quase já sem vida. E quando o sol mostrava seu brilho e calor Joel caminhava
pelas ruas sem ter sequer a própria sombra por companhia.
segunda-feira, 20 de agosto de 2018
Assinar:
Postar comentários (Atom)
-
“Eu também só uso os famosos produtos de beleza da Helena Frankenstein. ” (Assombração)
-
“Vó, a senhora já ouviu falar em algoritmo?” “Aldo Ritmo? Tive um vizinho que se chamado Aldo, mas o sobrenome era outro.”
-
BABY LAMPADA Coisa própria da juventude; o afobamento, o medo do futuro, não ter o apoio da família; tudo isso faz do ser inexperiente ...
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Observação: somente um membro deste blog pode postar um comentário.