“Devemos buscar uma sociedade humanizada. Nada de
igualdade socialista, pois somos todos diferentes em capacidades e objetivos,
determinação e sonhos. ” (Eriatlov)
sexta-feira, 31 de agosto de 2018
quinta-feira, 30 de agosto de 2018
SINISTRA PRÁXIS COMUNISTA por Ipojuca Pontes. Artigo publicado em 14.05.2018
Os comunistas,
para avançar sobre o poder e mantê-lo a ferro e fogo, tornaram-se especialistas
em criar mártires e heróis paradigmáticos com o objetivo confesso de lograr as
massas. Trata-se, é claro, de uma prática de rotina no universo do agit-prop
revolucionário.
Vejamos, por
exemplo, o caso de Lenin, o “pai” do socialismo soviético. Foi um assassino
impiedoso, assaltante de banco que entregou a Rússia aos alemães, notadamente a
Ucrânia, o Báltico e boa parte de Brest-Litóvsk. Lenin não tinha limites nem
escrúpulos. Sempre afirmando que “não sabia de nada”, ordenou o massacre dos
sete membros de família imperial russa, entre eles, Nicolau, Alexandra e os
cinco filhos menores do casal (Os serviçais foram mortos a baionetadas).
Pois bem, o dito
Lenin, que morreu sifilítico segregado pelo “camarada” Stalin; Lenin, o
fanático seguidor do “Catecismo Revolucionário” do terrorista Sergei Netchaeiv;
o Lenin inventor do ditatorial “centralismo democrático” foi transformado em
“herói da humanidade”. Até hoje o seu corpo, embalsamado e exposto num
alarmante Mausoléu da Praça Vermelha, em Moscou, vegeta canonizado como se
santo fosse, para o êxtase do fanatismo comunista.
No Brasil há o
caso de Luiz Carlos Prestes, o mentor das intentonas comunistas (1935 e 1964).
Tido como herói no entender da entourage vermelha, LCP passou a perna em
Getúlio Vargas e se “apropriou” de uma fortuna para pagar o seu ingresso no
Partido Comunista – quantia entregue em Moscou à camarilha do Komintern de
Stalin, “cash”.
O fato inquestionável
é que o obcecado Prestes, por escrito, mandou trucidar Elza Fernandes, a
“Garota”, adolescente tida como “provocadora” pelo fato de ser mulher de
“Miranda”, secretário geral do PC à época (1936). Num sítio do subúrbio de
Deodoro-RJ, um assecla do Comitê Central, Natividade Gomes, o “Cabeção”,
estrangulou a garota com uma corda de varal, quebrou-a pelo meio, enterrando-a,
em seguida, à sombra de uma mangueira.
Outro caso de
martirização planejada se deu com o camponês João Pedro Teixeira, militante remunerado
pelo Partido Comunista com a grana enviada da KGB, via Praga e Havana, para
financiar a revolução no Nordeste, da qual as Ligas Camponesas de Sapé, na
Paraíba, despontava com o apoio pessoal do então presidente Jango (ver “1964 –
Elo Perdido”, de Vladimir Pedrilák, escrito a partir de acesso aos arquivos do
serviço secreto comunista).
A especialidade de
Pedro Teixeira, enquanto “líder camponês”, era invadir terras e colocar canga
nos camponeses que não aderiam ao movimento. Nas mãos da cúpula do PC, João
Pedro foi feito fundador da Ligas de Sapé e transformado, para desespero dos
proprietários rurais, em ativo “quadro” na ocupação de terras produtivas. Em
1962, foi encontrado morto, segundo se divulga, a mando de latifundiário local.
Rendeu até filme.
Sua militância
também gerou frutos e boa parte da imprensa tratou de canonizá-lo como mártir
da reforma agrária (“na marra”). No início de 1964, os integrantes das Ligas,
sempre conduzidos pela cúpula do PC, invadiram, em Mari-PB, uma fazenda da
Usina S. João e expulsaram o seu administrador. Ato contínuo, um contador da
Usina, Fernando Gouveia, acompanhado de oito homens, foi confrontar os 300
invasores armados de foice e facão. Não deu outra: eclodiu um conflito armado e
em pouco tempo o contador e seus homens foram trucidados a golpes de foice. O
campo pegou fogo, virou zona de guerra, atraindo até mesmo a gang do New York
Times e afins.
Morto, o “quadro”
das Ligas de Sapé se fez mito. Recentemente, o nome de João Pedro Teixeira foi
inscrito no “Livro de Heróis e Heroínas da Pátria” a partir de projeto do
deputado do corrupto PT, Valmir Assunção. (Ali, no entanto, não se diz que JPT
era um dos “quadros” do PC no Nordeste remunerado por Moscou para atiçar a
revolução no campo).
Nesta segunda
década do século XXI se processa no Brasil espantoso caso de canonização de um
criminoso contumaz. Seu nome: Luiz Inácio Lula da Silva. Não se trata aqui do
fenômeno de beatificação nem de “culto à personalidade”, perversão da
propaganda política vermelha para exaltação de líderes totalitários. O seu caso
é de culto irrestrito só concebível quando da veneração dos que estão inscritos
no catálogo dos santos.
Mas a realidade do
politiqueiro Lula é bem outra. Como já foi dito, se o leitor abrir o código
penal não encontrará dificuldade em enquadrá-lo: encampa zoofilia, adultério,
tentativa de estupro, perjúrio, blasfêmia, prevaricação, crimes de corrupção
passiva, lavagem de dinheiro, formação de quadrilha, obstrução da justiça,
tráfico de influência, nepotismo – e por aí segue o rol de pecados,
transgressões e crimes que associam o santo do PT à própria figura do Demo. Se
condenado em parte deles (já o foi em dois) ultrapassará a casa dos 100 anos de
cadeia.
Os devotos de Lula
não querem saber disso. Para eles, o petista é vítima dos neoliberais que
querem o povo na miséria e temem vê-lo, de novo, no Palácio do Planalto para,
mais uma vez, num passe de mágica, “salvar o povo brasileiro”. Em resumo, os
opositores não passam de canalhas, entreguistas, conspiradores financiados
pelos ianques, gente hipócrita que defende a lei da ficha limpa e outras
baboseiras.
Enquanto isso, no
SPA da Polícia Federal, em Curitiba, São Lula curte tudo numa boa. Não limpa
privada, não varre nem troca roupa de cama. Tem aparelho de televisão, esteira
rolante, frutas e comida extra, quem sabe água ardente e sala de reunião com
mesa e cadeiras, onde recebe diariamente advogados, familiares e amigos,
repassando palavras de ordem para desestabilizar a nação que ele próprio jogou
no buraco.
(Nem Adolfo
Hitler, engaiolado numa prisão de Landsberg depois do fracassado “putsch” da
cervejaria (em München) teve tanta mordomia. De seu, só conseguiu lápis e papel
para escrever “Mein Kampf” – tarefa impossível para analfabetos).
*Publicado originalmente
no Diário do Poder.
quarta-feira, 29 de agosto de 2018
terça-feira, 28 de agosto de 2018
PARA FAZER ADUBO
Com sua bocarra todos os dias vomitando imundícies, Ciro Gomes pós eleições irá ser contratado por uma empresa de compostagem.
MESTRE YOKI
“Mestre, qual é a idade da sabedoria? ”
“Não existe uma idade própria. Há burros jovens e
burros velhos. Há os que muito aprendem cedo e existem também aqueles que já caindo
aos pedaços nada aprendem. ”
FÓSFOROS
Naquela minúscula caixa havia um fósforo meio
depressivo, sem cabeça. Não conversava com ninguém, abatido, triste, um inútil.
Numa fria manhã ele surtou. Riscou um irmão contra o outro até a caixa explodir
num fogo só. Não sobrou ninguém, até o esmalte da tampa do fogão ficou marcado.
Uma vez mais ficou provado que quem não tem cabeça age por impulso e queima até
mesmo os seus irmãos.
segunda-feira, 27 de agosto de 2018
RELEMBRANDO JANER CRISTALDO- segunda-feira, janeiro 26, 2004 Na Vanguarda
Em meus dias de Estocolmo, mostrei minha carteira de identidade a uma amiga sueca. “Que é isso?” – perguntou – “estás fichado na polícia?” Seu espanto era decorrente de minhas impressões digitais na carteira. Mais tarde, ouvi o mesmo tipo de comentário em Paris. Na exigente Europa, ciosa dos direitos de seus cidadãos, a impressão digital em um documento é vista como estigma de criminalidade e invasão da privacidade.
No Brasil, desde que me conheço por gente, na hora de pedir um RG, enfiamos os dedos na tinta sem estrilar. Tenho mais de meio século de existência e jamais vi, nesses mais de cinqüenta anos, alguém protestar contra tal absurdo. Mas bastou que os Estados Unidos exigissem impressões digitais para brasileiros que entrassem no país, para que um juiz dos cafundós de Judas se erguesse em seus tamancos e retaliasse com a mesma exigência para americanos que entram no Brasil. O rato que ruge rugiu no Mato Grosso e, com uma penada, passou a ditar a política externa nacional no que tange ao intercâmbio entre países. O Itamaraty, penhorado, agradece. Não precisou sequer mover um dedo para destilar seu terceiromundismo primário.
Que a medida americana é discriminatória, isso não se discute. Vinte e sete países, em sua maioria europeus, estão isentos de tocar piano, como se diz por aqui. Se a preocupação dos EUA é controlar a entrada de terroristas, teria bem mais razões para identificar europeus que brasileiros ou latino-americanos. A Europa está infestada de organizações terroristas, particularmente a França, Itália, Alemanha e Inglaterra. As madrassas que nutrem o ódio ao Ocidente estão plantadas no velho continente, não no nosso. Mas seria um tanto descortês, da parte americana, exigir dos irmãos de Primeiro Mundo, rituais reservados a criminosos. Quanto a exigir digitais dos bugres que habitam o quintal, por que não? Se até mesmo o ministro de Relações Exteriores brasileiro, Celso Lafer, se humilha tirando os sapatos para entrar no grande país do Norte, por que não se submeteriam seus míseros concidadãos a um procedimento de delegacia? Afinal, neste país incrível não é preciso cometer crime algum para entregar as digitais ao Estado.
Que a retaliação brasileira é ridícula, tampouco se discute. Os EUA estão preparados com colossais bancos de dados para determinar quem pode ou não pode entrar no país. O Brasil sequer sabe quem entra ou quem sai. De um lado, a arrogância de uma potência que vê no Terceiro Mundo um celeiro de terroristas, mesmo sabendo que o terror tem suas bases no Primeiro. De outro lado, o orgulho ferido de país pobretão, que julga equiparar-se aos ricos imitando suas tolices.
Vamos brincar de hipóteses. Imagine o leitor que os EUA, não satisfeitos de pedir fotos e digitais de seus visitantes, inventem de reter o passaporte por 24 horas, para registrá-lo na polícia local. No que dependesse do juiz mato-grossense, teríamos uma declaração de guerra. Que pensam estes senhores? Que todo brasileiro é um criminoso potencial? Uma onda de indignação varreria o país todo, pais furibundos protestariam contra a arrogância de uma potência que vê como malfeitores seus rebentos que buscam aperfeiçoamento cultural na Disneylândia.
Adelante! Imaginemos que além de impor o registro de passaportes na polícia, o governo americano pretendesse monitorar os deslocamentos de todo turista no país. Antes de viajar, você precisa determinar quantos dias vai ficar em Nova York, quantos em Washington, quantos em Seattle. Por favor, determine o dia da chegada e o dia da partida de cada cidade. Não ouse descumprir prazos, sob pena de ter de entender-se com as autoridades. O Brasil todo seria tomado de um profundo ódio ao grande irmão do Norte.
Como imaginar não custa nada, imaginemos mais um pouco. Suponhamos que o governo americano, para conceder um visto ao cidadão brasileiro, exija que este reserve – e pague – antecipadamente os hotéis em que pretende parar. Nosso ódio transbordaria fronteiras. Que estão pensando esses gringos? Que somos uma nação de caloteiros?
Só mais um pouquinho de exercício. Imaginemos o cúmulo dos cúmulos: que as entradas em museus e monumentos custem um dólar para americanos e dez dólares para estrangeiros. O Brasil, em uníssono, declararia ódio eterno aos States.
Deixemos agora a imaginação de lado. Esta é a realidade com a qual se defronta todo cidadão que pretende viajar à Rússia, mesmo hoje, decorridos 14 anos da queda do Muro, 12 anos do desmoronamento da União Soviética. Ao chegar em uma cidade russa, seu passaporte é retido para registro na polícia. Seu roteiro deve ser previamente traçado. Se você pretende viajar de carro pelo país, terá pela frente longos meses de negociações com a Inturist. Ai de você se sair do roteiro ou se demorar mais do que o previsto em uma determinada cidade. Se você gostou de Moscou ou São Petersburgo e quer espichar sua estada por mais uns dias, esqueça. Isto não existe na Rússia contemporânea.
Sem hotel previamente pago, não há visto. Você faz um vôo cego. Onde aterrissar, aterrissou. E se a hospedagem já está paga, nem sonhe em trocar de hotel caso dele não goste. Na hora de visitar o Hermitage ou o palácio de verão do Czar, outra surpresa nada agradável, típica de país de moeda podre: russo paga 15 rublos. Você paga 250. Sem choro. Se quiser passear de barco pelos canais de São Petersburgo, de novo a facada. Russo paga 15. Você, conforme sua cara ou a conforme a demanda do momento, pagará de 300 a 500 ou mais rublos. Se na época anterior ao desmoronamento do comunista todo turista era um espião potencial, a ser acompanhado de perto por diligentes anjos da guarda, estes tempos são passados. Hoje o turista é um saco de dólares a ser esvaziado. Quanto mais rápido melhor.
Jamais vi ou ouvi, neste meu mais de meio século de existência, brasileiro algum protestar contra estas exigências ridículas dos antigos países soviéticos que ainda vigem na Rússia. Pelo contrário, voltavam sempre fascinados pela temporada no paraíso. Não tenho informações sobre os demais países da ex-URSS, mas não me espantaria que em algum deles ainda permanecesse em vigor a prática burra.
Articulistas eivados de antiamericanismo recorrem à metáfora simplória: o Big Brother de Orwell tornou-se uma realidade patente. Ora, o Grande Irmão queria o controle das mentes, não o de digitais. O espírito do Grande Irmão, a bem da verdade, contaminou o Leste. Mas isto esquerdista algum de boa cepa vai admitir.
O que está contaminando o Ocidente é a estupidez. Não seria o Brasil, sempre na vanguarda, que a ela ficaria imune.
No Brasil, desde que me conheço por gente, na hora de pedir um RG, enfiamos os dedos na tinta sem estrilar. Tenho mais de meio século de existência e jamais vi, nesses mais de cinqüenta anos, alguém protestar contra tal absurdo. Mas bastou que os Estados Unidos exigissem impressões digitais para brasileiros que entrassem no país, para que um juiz dos cafundós de Judas se erguesse em seus tamancos e retaliasse com a mesma exigência para americanos que entram no Brasil. O rato que ruge rugiu no Mato Grosso e, com uma penada, passou a ditar a política externa nacional no que tange ao intercâmbio entre países. O Itamaraty, penhorado, agradece. Não precisou sequer mover um dedo para destilar seu terceiromundismo primário.
Que a medida americana é discriminatória, isso não se discute. Vinte e sete países, em sua maioria europeus, estão isentos de tocar piano, como se diz por aqui. Se a preocupação dos EUA é controlar a entrada de terroristas, teria bem mais razões para identificar europeus que brasileiros ou latino-americanos. A Europa está infestada de organizações terroristas, particularmente a França, Itália, Alemanha e Inglaterra. As madrassas que nutrem o ódio ao Ocidente estão plantadas no velho continente, não no nosso. Mas seria um tanto descortês, da parte americana, exigir dos irmãos de Primeiro Mundo, rituais reservados a criminosos. Quanto a exigir digitais dos bugres que habitam o quintal, por que não? Se até mesmo o ministro de Relações Exteriores brasileiro, Celso Lafer, se humilha tirando os sapatos para entrar no grande país do Norte, por que não se submeteriam seus míseros concidadãos a um procedimento de delegacia? Afinal, neste país incrível não é preciso cometer crime algum para entregar as digitais ao Estado.
Que a retaliação brasileira é ridícula, tampouco se discute. Os EUA estão preparados com colossais bancos de dados para determinar quem pode ou não pode entrar no país. O Brasil sequer sabe quem entra ou quem sai. De um lado, a arrogância de uma potência que vê no Terceiro Mundo um celeiro de terroristas, mesmo sabendo que o terror tem suas bases no Primeiro. De outro lado, o orgulho ferido de país pobretão, que julga equiparar-se aos ricos imitando suas tolices.
Vamos brincar de hipóteses. Imagine o leitor que os EUA, não satisfeitos de pedir fotos e digitais de seus visitantes, inventem de reter o passaporte por 24 horas, para registrá-lo na polícia local. No que dependesse do juiz mato-grossense, teríamos uma declaração de guerra. Que pensam estes senhores? Que todo brasileiro é um criminoso potencial? Uma onda de indignação varreria o país todo, pais furibundos protestariam contra a arrogância de uma potência que vê como malfeitores seus rebentos que buscam aperfeiçoamento cultural na Disneylândia.
Adelante! Imaginemos que além de impor o registro de passaportes na polícia, o governo americano pretendesse monitorar os deslocamentos de todo turista no país. Antes de viajar, você precisa determinar quantos dias vai ficar em Nova York, quantos em Washington, quantos em Seattle. Por favor, determine o dia da chegada e o dia da partida de cada cidade. Não ouse descumprir prazos, sob pena de ter de entender-se com as autoridades. O Brasil todo seria tomado de um profundo ódio ao grande irmão do Norte.
Como imaginar não custa nada, imaginemos mais um pouco. Suponhamos que o governo americano, para conceder um visto ao cidadão brasileiro, exija que este reserve – e pague – antecipadamente os hotéis em que pretende parar. Nosso ódio transbordaria fronteiras. Que estão pensando esses gringos? Que somos uma nação de caloteiros?
Só mais um pouquinho de exercício. Imaginemos o cúmulo dos cúmulos: que as entradas em museus e monumentos custem um dólar para americanos e dez dólares para estrangeiros. O Brasil, em uníssono, declararia ódio eterno aos States.
Deixemos agora a imaginação de lado. Esta é a realidade com a qual se defronta todo cidadão que pretende viajar à Rússia, mesmo hoje, decorridos 14 anos da queda do Muro, 12 anos do desmoronamento da União Soviética. Ao chegar em uma cidade russa, seu passaporte é retido para registro na polícia. Seu roteiro deve ser previamente traçado. Se você pretende viajar de carro pelo país, terá pela frente longos meses de negociações com a Inturist. Ai de você se sair do roteiro ou se demorar mais do que o previsto em uma determinada cidade. Se você gostou de Moscou ou São Petersburgo e quer espichar sua estada por mais uns dias, esqueça. Isto não existe na Rússia contemporânea.
Sem hotel previamente pago, não há visto. Você faz um vôo cego. Onde aterrissar, aterrissou. E se a hospedagem já está paga, nem sonhe em trocar de hotel caso dele não goste. Na hora de visitar o Hermitage ou o palácio de verão do Czar, outra surpresa nada agradável, típica de país de moeda podre: russo paga 15 rublos. Você paga 250. Sem choro. Se quiser passear de barco pelos canais de São Petersburgo, de novo a facada. Russo paga 15. Você, conforme sua cara ou a conforme a demanda do momento, pagará de 300 a 500 ou mais rublos. Se na época anterior ao desmoronamento do comunista todo turista era um espião potencial, a ser acompanhado de perto por diligentes anjos da guarda, estes tempos são passados. Hoje o turista é um saco de dólares a ser esvaziado. Quanto mais rápido melhor.
Jamais vi ou ouvi, neste meu mais de meio século de existência, brasileiro algum protestar contra estas exigências ridículas dos antigos países soviéticos que ainda vigem na Rússia. Pelo contrário, voltavam sempre fascinados pela temporada no paraíso. Não tenho informações sobre os demais países da ex-URSS, mas não me espantaria que em algum deles ainda permanecesse em vigor a prática burra.
Articulistas eivados de antiamericanismo recorrem à metáfora simplória: o Big Brother de Orwell tornou-se uma realidade patente. Ora, o Grande Irmão queria o controle das mentes, não o de digitais. O espírito do Grande Irmão, a bem da verdade, contaminou o Leste. Mas isto esquerdista algum de boa cepa vai admitir.
O que está contaminando o Ocidente é a estupidez. Não seria o Brasil, sempre na vanguarda, que a ela ficaria imune.
O TRABALHO DA MORTE
A morte saiu a trabalhar naquela tarde para
escolher suas vítimas como sempre fez. Brancos ou negros, mulheres ou homens,
crianças ou velhos. A morte escolhe, a morte executa. Não existe alerta à
vítima, não diretamente. Numa esquina movimentada parou e ficou observando com
atenção um homem de meia-idade que comia uns churros. Apontou para seu coração
e o homem sofreu um infarto fulminante. Apanhou um ônibus e foi para o outro
lado da cidade. Desceu e entrou num velório. “É daqui que levarei o próximo,
disse para si. ” Mirou num jovem franzino amigo do defunto que ora se velava.
Observou que o fígado do rapaz já estava em estado lastimável. Mexeu seus pauzinhos e o pobre caiu sobre o
caixão; o quase morto e o defunto foram ao piso. Saiu da funerária e foi ao cinema. Sentou-se ao lado de um velhinho, soprou seu
hálito funesto e o octogenário caiu sem dizer ai. A morte olhou para o relógio
que marcava 18 horas. Não estava a fim de fazer horas extras. Ajeitou-se na
poltrona e ficou no aguardo da próxima sessão.
A SOBERANIA DO BRASIL E A SEGURANÇA DE NOSSAS FRONTEIRAS ESTÃO EM RISCO por Luiz Philippe de Orleans e Bragança. Artigo publicado em 25.08.2018
A reação dos cidadãos brasileiros de Pacaraima, no estado de Roraima, é totalmente justificada frente a inação do Estado em controlar a fronteira e impor limites. Como alertado, graças à Nova Lei de Imigração, não há mais qualquer controle fronteiriço. Não só não há mais restrições de entrada de imigrantes sem visto, como agora a regularização de imigrantes sem documento se tornou muito mais simples. Outro ponto muito sério, e ignorado por muitos, é que a nova Lei da Imigração criou uma série de privilégios para imigrantes.
Proposta pelo atual Ministro das Relações Exteriores, Aloysio Nunes Ferreira, a nova Lei de Imigração criou outra série de riscos à soberania brasileira. O dano não é eterno, entretanto, e pode ser revertido com um congresso mais alinhado aos interesses do brasileiro. O ideal para o brasileiro é restituir o Estatuto do Estrangeiro, a lei anterior, que era similar ao de vários países abertos, mas que preservava as proteçoes dos cidadãos natos e residentes do Brasil.
Como isso não foi possivel na época abaixo relaciono os artigos que eu teria vetado se fosse Temer:
III – não criminalização da migração;
Art. 3
III – não criminalização da migração;
A entrada no país sem documentação, ou a permanência além do tempo de estadia pré-determinado, deve ser considerada violação de lei federal sim. Este é o princípio básico de proteção da soberania nacional e da segurança dos brasileiros.
IX – igualdade de tratamento e de oportunidade ao migrante e a seus familiares;
Este inciso deve ser revisado e detalhado pois, da forma em que está, extremamente vago, permite a criação de programas sociais para o imigrante sem limites e em prioridade ao cidadão brasileiro.
Este inciso deve ser revisado e detalhado pois, da forma em que está, extremamente vago, permite a criação de programas sociais para o imigrante sem limites e em prioridade ao cidadão brasileiro.
X – inclusão social, laboral e produtiva do migrante por meio de políticas públicas;
Falo frequentemente sobre a ditadura de minorias. Se a criação de minorias nacionais e os planos de proteção a estes devem ser combativos, porque deveríamos proteger e incentivar a criação de minorias estrangeiras através da criação de cotas e fomento de empregos para imigrantes?
Falo frequentemente sobre a ditadura de minorias. Se a criação de minorias nacionais e os planos de proteção a estes devem ser combativos, porque deveríamos proteger e incentivar a criação de minorias estrangeiras através da criação de cotas e fomento de empregos para imigrantes?
XI – acesso igualitário e livre do migrante a serviços, programas e benefícios sociais, bens públicos, educação, assistência jurídica integral pública, trabalho, moradia, serviço bancário e seguridade social;
O financiamento de serviços públicos obrigatórios, como INSS, SUS e outros, é feito pelo contribuinte brasileiro. Se falta dinheiro público para custeio pleno da saúde, previdência e educação, somente para ficar em alguns, quem pagará pelo gasto adicional gerado por imigrantes ilegais não contribuintes? Pela lei atual um imigrante que chegue ao Brasil com idade para se aposentar, e sem ter recolhido um único tostão, terá direito à aposentadoria e todos os outros benefícios. Tudo isso custeado pelos nacionais brasileiros.
O financiamento de serviços públicos obrigatórios, como INSS, SUS e outros, é feito pelo contribuinte brasileiro. Se falta dinheiro público para custeio pleno da saúde, previdência e educação, somente para ficar em alguns, quem pagará pelo gasto adicional gerado por imigrantes ilegais não contribuintes? Pela lei atual um imigrante que chegue ao Brasil com idade para se aposentar, e sem ter recolhido um único tostão, terá direito à aposentadoria e todos os outros benefícios. Tudo isso custeado pelos nacionais brasileiros.
XXII – repúdio a práticas de expulsão ou de deportação coletivas.
Se o Estado não pode expulsar pessoas ou grupos que o povo não acolher, o brasileiro o fará por conta própria, o que pode ser muito mais desastroso. E é isso que ocorreu em Pacaraima fim de semana passado.
Se o Estado não pode expulsar pessoas ou grupos que o povo não acolher, o brasileiro o fará por conta própria, o que pode ser muito mais desastroso. E é isso que ocorreu em Pacaraima fim de semana passado.
Art 4.
VII – direito de associação, inclusive sindical, para fins lícitos;
Direito de associação sim, mas qual a lógica de permitir associação a sindicatos trabalhistas ao imigrante não documentado e que, por lógica, não pode trabalhar?
Desempregados venezuelanos engrossam a já extensa camada de desempregados brasileiros em Roraima.
Direito de associação sim, mas qual a lógica de permitir associação a sindicatos trabalhistas ao imigrante não documentado e que, por lógica, não pode trabalhar?
Desempregados venezuelanos engrossam a já extensa camada de desempregados brasileiros em Roraima.
VIII – acesso a serviços públicos de saúde e de assistência social e à previdência social, nos termos da lei, sem discriminação em razão da nacionalidade e da condição migratória;
Saúde para turistas e visitantes sempre foi garantida, mas o acesso previdenciário é um descalabro com o cidadão brasileiro e só contribui com o atual rombo da previdência.
Saúde para turistas e visitantes sempre foi garantida, mas o acesso previdenciário é um descalabro com o cidadão brasileiro e só contribui com o atual rombo da previdência.
IX – amplo acesso à justiça e à assistência jurídica integral gratuita aos que comprovarem insuficiência de recursos;
Mediante a clara insuficiência de recursos, o acesso desses serviços só deve ser garantido ao imigrante admitido como refugiado, e mesmo assim devem ser estabelecidos limites e condições que protejam o patrimônio público. Deve-se sempre garantir a dignidade humana, não privilégios.
Mediante a clara insuficiência de recursos, o acesso desses serviços só deve ser garantido ao imigrante admitido como refugiado, e mesmo assim devem ser estabelecidos limites e condições que protejam o patrimônio público. Deve-se sempre garantir a dignidade humana, não privilégios.
X – direito à educação pública, vedada a discriminação em razão da nacionalidade e da condição migratória;
Não há problema em garantir o acesso a educação para crianças, independente de sua nacionalidade, desde que haja também a garantia de que não faltarão vagas aos brasileiros. O termo “vedada a discriminação” pode ser interpretado como garantia de acesso por cota ou em prioridade, e isso deve ser revisto.
Não há problema em garantir o acesso a educação para crianças, independente de sua nacionalidade, desde que haja também a garantia de que não faltarão vagas aos brasileiros. O termo “vedada a discriminação” pode ser interpretado como garantia de acesso por cota ou em prioridade, e isso deve ser revisto.
XI – garantia de cumprimento de obrigações legais e contratuais trabalhistas e de aplicação das normas de proteção ao trabalhador, sem discriminação em razão da nacionalidade e da condição migratória;
Ao adquirir um visto de trabalho ou status de refugiado, o que lhe garante o direito ao trabalho legalizado, o imigrante deve sim ter garantidas obrigações legais e contratuais. Não se pode, entretanto, garantir direitos trabalhistas a um turista, que não tem direito ao trabalho, ou ao imigrante sem documentos que, por lógica, também não tem direito de vínculo trabalhista. Não se pode proteger o que é ilegal.
Ao adquirir um visto de trabalho ou status de refugiado, o que lhe garante o direito ao trabalho legalizado, o imigrante deve sim ter garantidas obrigações legais e contratuais. Não se pode, entretanto, garantir direitos trabalhistas a um turista, que não tem direito ao trabalho, ou ao imigrante sem documentos que, por lógica, também não tem direito de vínculo trabalhista. Não se pode proteger o que é ilegal.
XII – isenção das taxas de que trata esta Lei, mediante declaração de hipossuficiência econômica, na forma de regulamento;
Isenção de taxas somente para refugiados e de acordo com cotas pré-determinadas.
Isenção de taxas somente para refugiados e de acordo com cotas pré-determinadas.
Artigos 23, 24 e 25, que dispõe sobre Residente Fronteiriço, deveriam ser vetados em sua integralidade. Não se deve garantir livre-trânsito a cidadãos estrangeiros, mesmo que eles morem em região fronteiriça. A fiscalização aduaneira é o que garante o controle efetivo de nossas fronteiras. Mesmo Estados Unidos e Canadá, que não exigem visto de turismo um do outro para circulação turística, e que possuem a maior fronteira terrestre do mundo, submetem todos aqueles que cruzam as fronteiras ao escrutino de um agente alfandegário.
Na falta de alternativas legais que os defendessem, brasileiros fecham fronteira com Venezuela.
Existem outros detalhes da Lei que tem de ser revistos, mas somente os pontos listados acima já garantiriam maior blindagem ao Brasil, evitariam os problemas que vimos em Pacaraima.
*Publicado originalmente em http://lpbraganca.com.br/a-lei-de-imigracao-e-a-total-fragilidade-da-soberania-brasileira/
**Leia a lei de imigração em http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2017/Lei/L13445.htm
**Leia a lei de imigração em http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2017/Lei/L13445.htm
A DIGNIDADE NACIONAL FRENTE À IDEOLOGIA DO CONFLITO por Percival Puggina. Artigo publicado em 27.08.2018
Como entender esse sentimento de inferioridade, de desapreço em relação a nós mesmos, sendo herdeiros de uma história e de uma cultura tão ricas? Qual a causa desse rastejar em culpas e remorsos, como se ser brasileiro equivalesse a viver num estuário de vilanias e maldições?
A visão negativa a que me refiro iniciou com a propaganda republicana. No entanto, nada fez tanto estrago à nação quanto o discurso esquerdista ao suscitar conflitos sem os quais sua ação política entra em coma.
É como se a história do Brasil fosse uma reportagem de horrores que começa com genocídio indígena e escravidão. A partir disso não tem mais cura nem conserto. Ora, qual país não registra páginas escuras em seus anais? Qual não viveu ou criou situações assim? Não conheço outro, contudo, que as traga de modo permanente à luz para repudiar suas origens desde o Descobrimento, injuriar a identidade nacional e desprezar a própria dignidade. Desconheço estupidez análoga em outro lugar planeta!
São ideias difundidas por supostos estudiosos dos temas nacionais que se aborrecem com o fato de nosso povoamento haver transcorrido no período histórico correspondente ao absolutismo monárquico. Deprime-os a maldição de que o mercantilismo fosse o sistema econômico então vigente. Incomoda-os saber que no século XVI foi levado o último toco de pau-brasil, sem o qual fomos obrigados a sobreviver até hoje. Atribuem nossas dificuldades financeiras ao ouro arrancado de nossas entranhas (uma exploração privada, sobre a qual a Coroa cobrava 20% de imposto) e que gerou desenvolvimento econômico e social em Minas Gerais, Rio de Janeiro e São Paulo.
De fato, a Coroa portuguesa entre os séculos XVI e XIX não regia uma economia de livre mercado, não era uma monarquia constitucional, nem uma “democracia popular”, nem era “politicamente correta”! Ora pombas, que coisa mais anacrônica!
Prefiro outro modo de ver a história. Prefiro valorizar a riqueza cultural de que somos herdeiros, enriquecida pelo aporte das varias etnias que aqui se agregaram. Nessa herança, valorizo o idioma que falamos. Ele resulta de laboriosa construção no tempo e lança raízes na Península Ibérica desde que, vitorioso na 3ª Guerra Púnica, o Império Romano conquistou a região e criou a província Lusitânia. Não fosse isso, falaríamos o idioma púnico de Cartago, ou o germânico dos suevos, ou o gótico dos visigodos. A história do nosso belo idioma também é nossa e tem tudo a ver com a cultura e a identidade nacional.
A religião é parte integrante da cultura dos povos em todas as civilizações. Não há povo sem religião. Parte valiosa de nossa identidade, então, está fornecida pelo cristianismo aqui aportado de múltiplas formas pelos nossos povoadores. É igualmente longo, procede de Roma e vive momentos decisivos na Ibéria do século VI, o processo de conversão daqueles povos ao cristianismo. Também é nossa essa história.
ideologia do conflito, revolucionária, precisa destruir a base cultural das sociedades ocidentais cristãs. Assim como Marx via a religião como ópio do povo, seus seguidores perceberam que precisavam destruir a cultura do Ocidente. Para isso trabalhou a Escola de Frankfurt e para isso opera parcela expressiva do mundo acadêmico brasileiro.
Como parte dessa estratégia perversa, enquanto outros povos se orgulham de sua nacionalidade, cultuam seus grandes vultos, enfeitam suas cidades com monumentos que os exibem à memória e reverência de sucessivas gerações, aqui eles são escondidos. Quantos monumentos a Bonifácio? Frei Caneca? Nabuco? D. Pedro II? Isabel? Mauá? Rio Branco? Caxias? Patrocínio? Rui? Quantos estudantes brasileiros conseguiriam escrever cinco linhas sobre qualquer deles?
Se não vemos dignidade em nossa história, dificilmente a veremos em nós e muito mais dificilmente a veremos nos outros. Seremos grotescos pichadores de nós mesmos. Tenho orgulho das minhas raízes como brasileiro. É a política do tempo presente que me constrange.
ROMEU
ROMEU
Romeu vivia para ver o tempo passar. Era o tal
operário-perdão. Perdão por não fazer absolutamente nada. Para sua infelicidade o destino foi cruel até
demais. Morreu quando o relógio da igreja matriz caiu na sua cabeça enquanto
estava parado nas escadarias observando o movimento da rua e deixando como
sempre o tempo passar.
FOI
FOI
Quando Joel completou trinta e três anos viu uma
luz e dentro dela uma voz que dizia ‘vá! ’. Ele foi, errou um degrau, caiu da
escada e quebrou o pescoço. Foi mesmo.
JORNALISMO RASTAQUERA
O jornalismo rastaquera não toma jeito. Chama criminoso carimbado de suspeito e tragédia no trânsito causada por irresponsabilidade do condutor de acidente.
domingo, 26 de agosto de 2018
O REI PAVÃO
O REI
PAVÃO
O Rei Pavão
discursava.
“Eu sou
o mais belo, o mais inteligente, o mais iluminado, o mais honesto dos seres do
planeta.”
“...peraí,
falou uma codorna o meio da multidão, cortando o discurso do rei.”
O Rei
Pavão perguntou- “Alguma objeção pequena e feia ave? ”
A
codorna- “Mais honesto sei não, lá no Brasil tem um tal de Lula. ”
Era uma
vez uma codorna...
HUGO
HUGO
Hugo é um paraibano de trinta e seis anos, natural
de João Pessoa e que nasceu com sete dedos na mão direita. Tem dois filhos
pequenos e trabalha na construção civil como pedreiro. No momento está
construindo sua própria casa nas horas de folga. Hugo é um exemplo de boa gente
e trabalhador. Não vive de favores de compadres e escumalha, é honesto com seus
sete dedos e ao contrário de certos tipos que mesmo tendo apenas quatro dedos
numa das mãos se locupletam fartamente com dinheiro público sem ficar rubros.
INFARTO DO MIOCÁRDIO
Borda do Cafundó, três mil almas. No dia 15 de
outubro de 2010 nasceu o primeiro filho de Jurema e Deodato. Ele escolheu o
nome do menino; nome este que não saiu da sua cabeça deste que ouviu alguém
falar no hospital da capital quando o pai estava lá internado: ‘Infarto do
Miocárdio Costa de Oliveira’.
-Como?- Perguntou perplexo o
tabelião Amadeu.
-‘Infarto do Miocárdio Costa de Oliveira’.
-‘Infarto do Miocárdio’ não pode seu Deodato!
-Não pode, não pode por que seu Amadeu?
-Porque não é nome de gente, é um mal que acomete o
coração!
-Não me interessa se é ou não é, é diferente, soa
bem e eu quero!
-Mas seu Deodato, onde já se viu? Pobre do menino!
-Vai ver está com ciúme! Faça filho e meta nele o
nome que quiser! O meu filho será ‘Infarto do Miocárdio Costa de Oliveira’ e o
apelido dele será ‘Infartinho do Deodato’!
O tabelião andou de lá para demovê-lo da ideia e
nada de conseguir. A tarde já findava e o Deodato não arredava o pé. E quando
viu que o tabelião não iria mesmo registrar o Miocárdio não teve outra saída
senão sacar da peixeira e do trinta e oito, que são dois tipos de muita argumentação. O
menino foi registrado e seu Amadeu ganhou mais um afilhado.
O MURO
Faz alguns anos na Vila Marta havia um terreno
murado que aguçava a curiosidade dos moradores e passantes. O muro de mais de
dois metros de altura todo caiado de branco era como se fosse um monumento
daquele quarteirão. Uma enorme placa dizia: “Perigo! Muito cuidado! Não tente
pular este muro! ” As gentes se perguntavam o que poderia existir de perigoso
por detrás daqueles tijolos pintados de branco que sabiam não ter moradia.
Bichos? Plantas venenosas? Canibais? Amigos falsos? Comunistas? Parentes do
Lula? Então certo dia após uns goles uns gaiatos resolveram dar fim à
curiosidade e pular o obstáculo. Uma escada foi colocada, e quando dois deles
subiram no muro ele ruiu por completo. No chão, cheio de dores e machucados os
dois observaram no meio do terreno uma pequena placa e nela escrito: “Eu avisei!
”
sábado, 25 de agosto de 2018
PACIÊNCIA ESGOTADA
PACIÊNCIA ESGOTADA
Dentro do supermercado um menino de aproximadamente
cinco anos esperneava, gritava e chorava em altos brados sob o olhar complacente
da mãe. Já havia ingerido algumas guloseimas e estragados outras, mas não
estava satisfeito. A mãe dizia algumas palavras mornas e o pestinha só fazia
espernear ainda mais. Alguns clientes já estavam ficando incomodados outros
agoniados com a falta de atitude de quem deveria zelar pelo pequeno. Os minutos
transcorriam em balbúrdia e irritação. Nisso veio pelo corredor um senhor bem
idoso, vestido de maneira simples, tirou o cinto e deu três pegadas firmes nas
pernas do moleque que aí sim berrou com vontade. Foi para cima da mãe do garoto
e mandou o cinto no lombo dela por mais de oito vezes. O idoso era bem forte,
ela ficou imobilizada. Ninguém interveio. Vendo a mãe apanhar o menino parou de
chorar e começou a rir. O idoso pensou consigo: “deve ser coisa da educação moderna.
” Saiu do estabelecimento aplaudido.
MOISÉS
MOISÉS
Moisés, podemos dizer, nasceu ladrão. Não tinha
sete anos e já roubava bolas de gude, figurinhas e gibis dos amiguinhos.
Adolescente, cigarros e bebidas. Um dia seu pai cansado de tudo, pois era um
homem de bem, cortou fora suas mãos para que parasse com as gatunagens. Não
adiantou. Moisés passou a roubar com os pés.
CALDEIRÃO DE MÁGOAS
CALDEIRÃO DE MÁGOAS
O rio segue seu curso entre calmarias e corredeiras
Intrépidos o navegam enfrentando toda sorte de
obstáculos
Dores psíquicas e físicas fazem parte da jornada
Às vezes eles caem
Mas retornam para navegar
Enquanto isso na margem do rio da vida
Os abocanhadores de facilidades
Atiram pedras
E cozinham no caldeirão da inveja
Todas as mágoas possíveis
Aos vencedores.
O SONHO DO SONO
O Sonho do Sono
O sonho do sono é não se encontrar com pesadelos
É passar pela noite sem sobressaltos
É passar para o despertar
Um corpo vibrando de energia.
sexta-feira, 24 de agosto de 2018
ESCARAMUÇAS
ESCARAMUÇAS
Muita coisa não é de domínio público, muitos
acontecimentos permanecem ainda no limbo. Conto que na história da humanidade
certa vez Uns e Outros se uniram com Beltranos e Sicranos para fazer guerra
contra os Coisas Nenhumas e a tribo dos Pouca Bosta. Após muitas escaramuças
mataram-se todos e no planeta só restaram os Encardidos e os Desgraçados. Após
duas décadas de paz eles também entraram em litígio e feneceram, deixando
cidades e campos para Vermes e Baratas que até o presente ainda vivem em paz,
ainda, pois os inseticidas e outros exterminadores já estão de olho.
AZARADO
AZARADO
Sou um grande visualizador de calcinhas rendadas e
simples; de coxas belas se lisas; de bundas firmes e salientes; de pernas
torneadas de brancas, negras, mulatas e morenas. De algumas consigo até
visualizar os pelos sedosos que teimam em escapar do tecido delicado. Vejo
tantas coisas maravilhosas e, no entanto, não posso tocá-las e nem mesmo sentir
o perfume que delas emana. A vida é assim; tive azar e nasci um mero capacho
para porta de salão de beleza.
MUTILADORES
MUTILADORES
Esse povo mente
Repetidamente mente
Para permanecer no poder
A moral foi para o baú
O importante é a permanência
Para garantir à descendência
Banhos em moedas d’ouro
Porém o mais triste
É ver o dito sabido e também o ignorante nato
Votando nos seus algozes
Para no amanhã se tornar capacho
Dos vermelhos mutiladores de asas.
MAL
MAL
É um submundo
Vermes de foice e martelo invadem mentes
Mentem
E os homens não vacinados
São suscetíveis ao mal
Porém somente darão conta da doença terminal
Quando a cura não for mais possível.
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