O sol se põe e há um homem morto caído no meio da
rua. A multidão se aglomera para ver o cadáver. O povo gosta de ver a desgraça
dos outros. Não existe muito sangue no asfalto, apenas um leve filete saindo do
nariz do pobre. Uma bicicleta torta atirada ao lado já diz tudo. A mulher de
blusa vermelha olha bem de perto para ver se não é um primo seu. Um homem de
camiseta amarela e boné branco também chega bem perto para ver se o reconhece.
Nada. Vem o perito, faz os procedimentos e o leva embora. O atropelador, em
casa, sossegado, toma mais uma cerveja. Dias depois, descoberto pela lei e
questionado o porquê de não ter prestado socorro, diz: “Que importa? Não era
meu parente!”
quarta-feira, 18 de julho de 2018
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