Alfredo bom de bico, manco e dependendo da
previdência social arranjou uma amante na mesma rua em que morava. Ofélia era o
seu nome. O marido saía para o trabalho,
cama ainda quente lá pousava o manco Alfredo. A mulher nada via, pois também
saía para trabalhar na maior santa inocência. Idas e vindas o marido foi
apresentado ao chifrado como primo mui querido de longa data não visto. Não
demorou o pobre corno comprou um automóvel mesmo não tendo habilitação, então
foi o Alfredo que era habilitado colocado como motorista da patroa para compras
e passeios. Nos finais de semana pescava com o marido, além de levar o casal
para festas e outras atividades sociais. Apresentou Ofélia para sua esposa como
prima de tal; amigas ficaram para visitas semanais, anedotas, rezas e
salgadinhos. Grande família. O marido
não desconfiava de nada, tinha o falso primo da esposa no maior conceito e os
amantes gozavam de uma felicidade radiosa.
Mas como nada é para sempre um dia Ofélia engravidou e a casa caiu. O marido era estéril. Foi o fim do reinado
naquela casa de Alfredo, o manco. A mulher o abandonou quando soube e como o
marido traído queria fazer um pandeiro do seu couro liso, fugiu para outra
cidade. De Ofélia se soube que perdeu a criança e que hoje trabalha numa
esquina de má fama.
sábado, 14 de julho de 2018
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