O milharal se perdia no horizonte. Milho, deus
milho adorado, o amarelo milho da verdade infernal, divino para tontos de todos
os calibres. Os jovens adoradores saíram fazendo sacrifícios infames para o
deus Milho, que queria sangue para crescer. Sacrifícios foram feitos, a
colheita foi boa e os seguidores saíram impunes. Mas o deus Milho não teve
tanta sorte como os demais. Foi pego por uma máquina e virou fubá. Pereceu como
polenta na mesa de um italiano de muito apetite, rodeado por queijos e salames
diversos.
segunda-feira, 14 de maio de 2018
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