O velho José já passando dos setenta ficava em
frente de casa vendo o movimento da rua. Viúvo e sem filhos, ali ficava para
passar o tempo. E os dias foram se passando, os meses, os anos, e o velho José
ali olhando o movimento sentado na sua cadeira de palha. Os vizinhos foram
morrendo de velhice, casas demolidas e o seu José por ali observando o
movimento. Com os anos chegaram os edifícios e novos vizinhos que desconheciam
o idoso seu José, coisa de cidade grande e correria maluca. Talvez por isso foi
que demorou alguns anos para descobrirem o esqueleto do seu José sentado na sua
cadeira, cigarro entre os dentes de sua caveira, ainda contando os automóveis
que passavam pela rua.
segunda-feira, 2 de abril de 2018
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