Breno tinha
ojeriza de cigarro. Ninguém podia fumar
dentro e nem fora de sua casa, dentro do seu carro ou perto dele, mesmo se
estivesse na rua. Na sua empresa não contratava fumantes, não os queria por
perto. Caso visse um fumante na mesma calçada, atravessava. Mas o destino às
vezes é cruel; pois o mimo de Breno, Sandra, filha única amada adorada da qual
fazia toda e qualquer coisa para agradar, apaixonou-se por um fumante
inveterado. Então agora vemos Breno, o detestador de fumantes no meio da fumaça
da sala deixando limpo o cinzeiro do futuro genro e pitando seu cigarrinho
também, afinal nada melhor que um cigarrinho para acalmar os nervos.
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