domingo, 12 de março de 2017

TED THOMPSON- BADERNA NA NOITE

Já passava da meia-noite e o barulho infernal continuava na casa grande da rua. Além do som alto, muita gritaria e fogos. O bebê doente da senhora Renard chorava muito; o senhor Dalmo, octogenário, sofria dos nervos e toda aquela bagunça fora de hora causava nele um mal terrível; dona Ivete tentava ver um filme, mãos não conseguia ouvir o que diziam. A polícia foi chamada e apareceu uma vez quando os abusados pararam com o barulho para recomeçar depois. Deboche puro. As autoridades policiais não retornaram mais, mesmo após outros chamados. Então Ted Thompson recebeu um telefonema anônimo pedindo ajuda. Como? Sempre que passava por algum lugar e encontrava pessoas honradas deixava seu número caso precisassem. Foi o que aconteceu. Em quinze minutos estava ele em frente ao portão da arruaça. Como sabem Ted não iria conversar; conversar os vizinhos e policiais já haviam tentado. A baderna rolava frouxa embalada por drogas pesadas. Ted olhou para o ambiente, tirou suas conclusões, sacou sua pistola e fez um auê daqueles, arrebentando as caixas de som. Fez estragos também nos automóveis que estavam no pátio. Os malandros corriam como ratos para se esconder. Ted recarregou e passou fogo nas grandes luminárias e fez pedaços das caixas de bebida que estavam sobre o gramado. Dois boys revidaram atirando, azar deles, dançaram no ato. Antes de sair Ted avisou: “Acabem com isso! Darei um jeito em todos se tiver que voltar aqui!” Então foi caminhando à parte escura da rua e sumiu antes da chegada dos policiais. Os ratos então saíram dos cantos, mijados.

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