Em meus dias de universidade, tive uma namorada que fizera uma traqueostomia. Não conseguia falar. Quando tentava, eu mal ouvia um fiozinho de voz e só conseguia entendê-la pela expressão de seu rosto. Aquela forma de comunicação, quase muda, me fascinava. Certo dia, reconstituiu sua garganta e readquiriu a fonação. Foi o fim de nosso amor. As palavras nem sempre facilitam o bom entendimento.
Sua Santidade João Paulo II acaba de fazer uma. Por algumas semanas seremos poupados da cantilena monótona de seus lugares-comuns humanísticos. Lula, o Supremo Apedeuta da Nação, acaba de criar uma absurda crise institucional em função de sua verborragia, mesclada a boa dose de ressentimento e talvez a um certo teor etílico. As oposições falam em processo, responsabilização penal, até mesmo em impeachment.
Uma traqueostomia não seria mais simples?
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