Mui longevo
na vida, com expressão maltratadas pelo tempo, seguia Renato pela estrada poeirenta
e vazia no final de uma tarde de verão. Na encosta do mato surgiu uma moçoila
desconhecida na flor dos seus dezoito anos, que erguendo o vestido mostrou a
entrada da gruta e todo o oferecimento do mundo, dizendo estar mais do que
necessitada de um acasalamento. Renato parou, analisou e disse-lhe: “Vejo que
és linda mulher, tanto de face como de corpo. Observo também tua educação e
fineza pelas palavras bem pronunciadas que dizes, além da bondade de oferecer
tanto tesouro a um bode velho. Mas te aconselho a seguir em frente, sendo das
opções a atitude mais sábia, antes de acabar se enraivecendo com nós dois por
causa de um brinquedo murcho”.
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