Noite. Uma
rua solitária na periferia. Um gato malhado salta entre os telhados enquanto
cães ladram ao vento. O excesso de lixo caiu fora das latas e escorre pelo chão
de terra. Baratas passeiam fugindo dos pés dos meninos que brincam de bola na
via. Mães e irmãs mais velhas chamam para dentro os garotos de pés encardidos.
É hora do banho e do jantar. Crianças recolhidas, já é tarde, agora chegam
automóveis com ocupantes que procuram nas esquinas pelos empresários do pó. A
lua e as estrelas observam o movimento. Dinheiro para cá, pó para lá. Negócio
feito lá e vão os loucos em busca de alucinações, enquanto os empresários da
farinha perigosa contam as notas. O inferno para ambos os lados é logo ali.
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