Monteiro está
sentado à beira do abismo. Suas pernas balançam no ar chutando bolas
invisíveis. Não se encontra mais consigo mesmo, é o dia de maior desespero.
Olha para suas mãos calejadas, suas unhas sujas de terra e grita
silenciosamente se tudo que fez valeu a pena. Retira do bolso da camisa e relê
o telegrama que trouxe a notícia da morte de seu filho único. O punhal é
cravado de novo, mais fundo. Não suporta. Basta. Deixa seu corpo pesado cair no
abismo em busca da leveza da vida sem dor.
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Observação: somente um membro deste blog pode postar um comentário.