segunda-feira, 6 de março de 2017
ABLUTOFOBIA
Rinaldo não tinha medo de uma arma apontada para si. Mas caso lhe apresentassem um chuveiro, sabonete e toalha de banho ele caía em prantos. Lavava-se com paninhos molhados, isso quando a catinga já estava afetando os vizinhos. Sofria o pobre de ablutofobia, doença que o isolava das pessoas. Porém mesmo com toda carniça uma boa alma descobriu serventia para Rinaldo. Foi contratado por Adamastor como segurança na sua boate. Deu certo, nem arma usava. Quando acontecia uma confusão bastava Rinaldo erguer os braços que todos caiam ao chão ou fugiam porta afora. Um gambá perto dele era café pequeno. Mas perdeu o emprego quando se tratou e passou a andar limpo.
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“Quando a fome é grande não tem jeito, precisamos apelar. Ontem peleei com um hipopótamo. Quase perdi o pelo.” (Leão Bob)
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