sexta-feira, 20 de janeiro de 2017
O HOMEM QUE CALCULAVA
Borol. Naquele lugar ermo e destituído de saber apenas Sebastião Andrade sabia fazer cálculos. Calculava para todos; somava, subtraía, dividia. Cálculos pequenos, cálculos grandes. Do pedreiro ao farmacêutico todos usavam seus serviços. E disso ele vivia. Eu disse vivia, pois tudo para ele mudou quando apareceu por lá um mascate vendendo pequenas calculadoras chinesas. Uma bagatela, ninguém ficou sem e o matemático se lascou. Sebastião até tentou comprar todas e mandar o mascate embora, mas não houve jeito: perdeu o emprego de fazer cálculos. Porém logo aprendeu outro ofício: agora conserta calculadoras chinesas.
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“Eu também só uso os famosos produtos de beleza da Helena Frankenstein. ” (Assombração)
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Dois mendigos embriagados aconchegados num beco, um deles rabiscando num velho caderno emporcalhado. -Está escrevendo o que aí? -...
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HAIKAI Quando criança eu era feio Mas o tempo pode mudar tudo Hoje eu sou horrível.
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