domingo, 4 de dezembro de 2016

5 mil gritam "Fora Renan", defendem a Lava Jato e evitam "Fora Temer" em Porto Alegre


Pelo menos 5 mil pessoas ocuparam as duas pistas da avenida Goethe, no trecho entre as ruas Mostardeiro e 24 de outubro, todas elas protestando contra as maiorias da Câmara e do Senado que se colocaram ao lado da corrupção, conforme ficou demonstrado na votação de quarta-feira de madrugada, quando foi aprovada a Lei da Intimidação. É número suficiente para o primeiro ato público de rua, chamado durante o governo Temer para aprofundar as consignas de 2014 e o clamor pelo impeachment de Dilma Roussef. Em Porto Alegre, o centro nervoso da concentração do Parcão, onde saiu o evento, foi um caminhão de som do MBL, desaparecido dos demais Estados. As consignas desta tarde foram gritos de guerra contra os corruptos mais conhecidos, com ênfase para Renan Calheiros, Lula e Dilma. O apoio à Lava Jato e sobretudo ao juiz Sérgio Moro, pautou os discursos, cartazes e gritos da multidão. Um grupo poderoso de gente do Ministério Público, todos de preto, marcaram presença diante do caminhão de som. Ninguém gritou Fora Temer. Os manifestantes deixaram claro que o problema principal não é o presidente Temer, de quem se espera mais.

Os líderes do MBL, que há apenas um mês apoiaram valentemente a eleição do prefeito Marchezan Júnior, não quiseram ler os nomes dos deputados que votaram com os corruptos, entre os quais o próprio tucano, que é deputado federal. Em outras cidades, a lista dos votantes foi exibida para conhecimento dos manifestantes.

O ato público de Porto Alegre começou as 15h e terminou as 17h.

Políbio Braga

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