O deputado Pastor Marco Feliciano é acusado de estupro pela jornalista Patricia Lelis, de 22 anos. A jornalista, que o assessorava prestou queixa contra Feliciano por assédio sexual, tentativa de estupro e agressão.
Ela deu uma entrevista ao Estadão, gravada em vídeo, afirmando que Feliciano a chamou até o seu apartamento funcional em Brasília, em 15 de junho, para uma reunião do PSC Jovem. Chegando lá, não havia ninguém mais, além de Feliciano. Segundo a jornalista, ele lhe disse que a queria como amante, admirava o seu trabalho e ofereceu um cargo na sigla, com salário de 15 mil reais.
Patrícia disse que não aceitaria e sabia o que ocorria com "outras meninas". Ao ouvir a negativa, Feliciano teria ficado nervoso:
“Ele tentou me arrastar para o quarto e tirar meu vestido. Como eu resisti, ele me deu um soco na boca e um chute na perna."
De acordo com o seu relato, como uma vizinha ouviu os seus gritos, ela conseguiu escapar.
No dia seguinte, Patrícia afirma ter procurado a direção do PSC. O pastor Everaldo teria lhe oferecido uma sacola de dinheiro. Patrícia diz que recusou.
A partir daí, segundo o seu relato, ela passou a ser perseguida por Talma Bauer, chefe de gabinete de Marco Feliciano, que a teria coagido a gravar dois vídeos negando ter sido assediada pelo deputado.
Acusado de a ter mantido em cárcere privado, Talma Bauer prestou depoimento em São Paulo, na delegacia onde a jornalista prestou queixa, mas o delegado desistiu de pedir a sua prisão preventiva, porque o chefe de gabinete não representava ameaça à ordem pública. Ele foi liberado na madrugada.
Patrícia disse ao Estadão que gravou uma conversa com Talma Bauer e enviou a gravação a amigos, para que a divulgassem se algo acontecesse com ela.
Uma testemunha prestou depoimento na mesma delegacia. Ela afirmou que Patrícia chegou a aceitar os 50 mil reais e recebeu 21 mil ontem mesmo.
A notícia sobre a tentativa de estupro de Marco Feliciano foi dada em primeira mão pela Coluna Esplanada, do UOL.
Do blog O Antagonista
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