sexta-feira, 1 de abril de 2016

IMB- As engrenagens do parasitismo - e aqueles que são obrigados a mantê-las funcionando por Pedro Almeida Jorge, sexta-feira, 1 de abril de 2016

Sejamos claros: o estado, longe de ser a representação de "todos nós", representa, isso sim, o monopólio da coerção e da violência.  Esse monopólio é detido por um grupo de suseranos que, muito provavelmente, acredita que merece guiar e moldar as ideias dos seus vassalos, exigindo, em troca desse divino favor, sustento eterno na forma de privilégios e de dinheiro confiscado e extorquido das massas trabalhadoras.
No entanto, embora se trate de uma obviedade, avaliar este cenário fora de um contexto dinâmico e de disputa pelo poder é um erro.  Afinal — contra-argumentariam os defensores do estado —, se o estado é realmente tão mau, como podem dele fazer parte pessoas que decididamente não desejam o mal da população?
Não será o sufrágio universal a prova de que todos temos uma parte na culpa do que acontece na governança do país?  Se o estado é tão mau, como pode ele permitir a liberdade de expressão e o voto popular, o que significa a constante possibilidade de uma maioria diferente assumir as rédeas do país?
Sem uma abordagem que explicite a perspectiva dinâmica de maximização do poder no longo prazo, todas estas críticas seriam devastadoras para o argumento libertário.
Rothbard explica brilhantemente o raciocínio que propomos:
O estado sempre nasceu da conquista e da exploração. O paradigma clássico é aquele em que uma tribo conquistadora resolve fazer uma pausa em seu método — testado e aprovado pelo tempo — de pilhagem e assassinato das tribos conquistadas, percebendo que a duração do saque seria mais longa e segura — e a situação, mais agradável — se permitisse que a tribo conquistada continuasse vivendo e produzindo, com a única condição de que os conquistadores agora assumiriam a condição de governantes, exigindo um tributo anual constante.
Tendo isso em mente, os métodos dinâmicos utilizados pelo poder estatal com o intuito de perpetuar o seu monopólio se tornam mais lógicos e compreensíveis.
As engrenagens da propaganda
Escolas públicas
É indiscutível que a ideologia e a propaganda pró-governo são totalmente indispensáveis para os objetivos dos governantes. Afinal, a 'Arte da Guerra' é conquistar o inimigo sem sequer chegar a lutar.
Sendo assim, o estado gastará todos os recursos necessários para assegurar que a maioria dos seus súditos não pense para além de certos limites toleráveis — ou que, mesmo que o faça, parta sempre do princípio de que a existência de um governo é uma realidade inescapável e inquestionável, uma constância imutável, podendo-se apenas discutir quais políticas são mais adequadas e desejáveis.

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