quarta-feira, 3 de fevereiro de 2016

Por que o igualitarismo é adorado por teóricos de botequim? Por Diego Reis

Instituto Liberal
Em um recente happy hour com antigos colegas de faculdade fui convidado a responder a seguinte pergunta: se fosse possível escolher um superpoder, qual você gostaria de possuir?  Como eu não poderia perder a oportunidade de tentar emplacar uma ironia, disse que gostaria de poder escolher fechar os ouvidos. Isso mesmo, assim como posso movimentar as pálpebras para não ver uma cena desagradável ou fechar a boca para não falar algo que possa me arrepender, gostaria também de possuir um mecanismo especial que me impedisse temporariamente de ouvir algumas bobagens. Disse isso, não por achar a pergunta impertinente, mas por ter acabado de ouvir de outro integrante da mesa um pensamento típico de quem desconhece raciocínio lógico, senso crítico ou coerência.
O “grande pensador brasileiro”, em questão, formado em TRB (Teoria Rasa de Botequim) afirmou que nossa “presidentA” era uma mulher íntegra e que todos os escândalos de corrupção foram inventados pelos reacionários da Direita com a única finalidade de tomar o poder e estabelecer suas pautas opressoras. Disse, ainda, que a classe média e a alta só estavam irritadas com a elevada carga tributária, pois sabiam que elas financiavam os programas de governo e estavam promovendo justiça social ao equilibrar a diferença entre os ricos e pobres.
Confesso que atualmente ando com mais preguiça de rebater estas ideias. Pobres pessoas que parecem nunca acordar deste profundo sono socialista. Talvez, o fato de ter vivenciado algumas experiências desconcertantes, no passado recente, tenham diminuído o ímpeto de começar uma discussão, só para ver quem possui discursos mais coerentes ou é capaz de criar as melhores armadilhas intelectuais. Obviamente, depois de ser exposto a alguns absurdos não há como ficar imóvel ou, simplesmente, deixar para lá. Felizmente, existe a possibilidade de escrever para este site no intuito de criar uma espécie de “proteção” para os amigos leitores que, eventualmente, ouvirem algo similar de amigos, colegas de trabalho ou, até, familiares. Afinal, ainda não desenvolvemos a capacidade de fechar os ouvidos (é possível com os dedos indicadores, mas não recomendo, pois parece muito infantil).
Se Dilma é uma pessoa íntegra, nem vou entrar no mérito da discussão, pois contra fatos não há argumentos. Ela me parece mais encrencada do que quem investiu todas as suas economias nas ações da Petrobras. O que me provocou, entretanto, foi o argumento corrente de que cabe ao Estado promover a idealizada igualdade social, mesmo que, para isto, ele precise ser autoritário, corrupto e ineficiente. Meu primeiro questionamento é o seguinte: o que os seguidores de Duvivier querem dizer quando utilizam a expressão “igualdade”? Ao ouvir essa palavra, tenho a impressão de que para eles, se parece difícil melhorar financeiramente então, o caminho lógico seria fazer com que todo mundo se torne igualmente pobre com a ajuda dos burocratas. Naturalmente, seria taxado de “literal”, “superficial” ou “defensor dos reaças”. Além disso, há o fato de que muitos dos defensores do igualitarismo são possuidores de uma vida altamente confortável: pais ricos, bolsa estatal, emprego público e etc.

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