segunda-feira, 1 de fevereiro de 2016

DEMOCRATAS TROGLODITAS por Luiz Carlos Da Cunha. Artigo publicado em 01.02.2016

Na história da democracia pós Grécia clássica, teve seu momento mais definidor na França do Iluminismo, do culto à racionalidade no pensamento de Voltaire, Diderot, Condorcet, os filósofos responsáveis pela queda da ditadura monárquica de Luiz XVI e a implantação da República. Foi Voltaire que imortalizou num dístico a essência da democracia. Sua expressão serviu de epígrafe do saudoso Jornal de Debates (1946) com a queda da ditadura Vargas. Um momento épico da imprensa brasileira. Dito tão conhecido que dispenso reescrevê-lo.
O conceito voltairiano me vem à memória toda vez que acontecimentos promovidos por agitadores truculentos, agridem a liberdade de expressão de pessoas que pensam diferente dos admiradores das ditaduras cubana, venezuelana ou norte coreana. Como conciliar o conceito democracia aos episódios sofridos pela jornalista cubana Yoni Sanchez em visita ao Brasil, aterrorizada por um grupelho de marmanjos atléticos e covardes contra a moça frágil no físico e forte na palavra? E os jovens mascarados nas ruas de São Paulo depredando patrimônio público e privado, armados com rojões e estilingues ferinos contra a polícia? Exigem transporte gratuito! Privilégio que lhes parece justo! Com que direito? Em que princípio democrático se apóia esta turba demolidora pra se arvorar em juiz absoluto e supremo da coletividade ou do indivíduo, para impor aos cidadãos o que devem pensar, falar e ouvir? Que direito lhes assegurava impedir uma platéia pacífica de ouvir o deputado Jair Bolsonaro ?
Seus apologistas na imprensa, explícitos e camuflados ainda não justificaram o vandalismo e terrorismo ideológico dessas hordas eufóricas em exibir-se com ”beijaços” para demonstrar sua importância diante da crise econômica e moral que sacrifica milhões de brasileiros pelo desemprego, a calamidade da saúde, a catástrofe do ensino público, a dívida governamental de 500 bilhões, a insolvência da Petrobras, cujo valor atual não paga sua dívida internacional. No vórtice da crise em 1770, Luiz XVI convocou a Assembléia dos Notáveis para salvar a monarquia; no Brasil de 2016, a presidente Dilma convocou o Conselhão para salvar o mandato.

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