Entrevista, Jerônimo Goergen - A greve dos caminhoneiros colocará o governo em risco
ENTREVISTA
Jerônimo Goergen, deputado Federal do PP do RS
O governo federal monitora de perto a greve nacional anunciada pelos caminhoneiros. Na Câmara, o senhor sempre teve ligação estreita com o setor. Como vê esta vigilância do governo ?
Eu fui o autor da nova Lei dos Motoristas. O Palácio do Planalto conduziu mal a pauta de reivindicações dos caminhoneiros.
O senhor foi acusado de ter incitado a greve.
Obviamente que essa acusação era infundada, porque foi espontâneo o movimento. E no meio dessa manifestação nós buscamos algumas pautas que depois não foram levadas em consequência pelo governo. Nada foi feito e a palavra não foi cumprida.
A coisa agravou ?
Na verdade, o agravamento da situação, da crise, da perda de renda e do Custo Brasil, faz com que haja uma retomada dessa manifestação.
Mas agora há tanmbém a pauta pelo impeachment de Dilma
Isto é natural. “Qualquer um que defenda o impeachment quer dizer o seguinte: chega desse desgoverno! É uma forma que a sociedade está encontrando para dizer que quer mudança. Quando o caminhoneiro também vai com esse brado político é uma reação para dizer que ninguém aguenta mais
O problema é que uma greve nacional pode implicar em desabastecimento
Na condição de coordenador institucional da Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA), digo que uma greve nestas proporções pode provocar graves reflexos econômicos para o setor produtivo, em especial as agroindústrias, uma vez que a logística nacional depende quase que exclusivamente do transporte rodoviário. O governo corre risco se levar tudo para a disputa política.
Políbio Braga
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