SUICIDA
Estava ele sentado
na mureta da ponte
O olhar fixo no
vazio
A dor agarrada ao
seu eu
Sem dar trégua
alguma
O rio que
representava o fim das dores
O chamava para um
abraço
Seu foco era um só
O ápice da
desistência
Soltou então seu
corpo
E voou para as
águas
Sentindo quem sabe
arrependimento
Ou alívio por
finalmente conseguir matar o desespero que o consumia.
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