Com menos de 8% de aprovação, procura mostrar que ainda tem a seu lado seus auxiliares e os governadores - que, aliás, não são subordinados a ela, mas ao povo de seus estados. Tampouco está bem com o Congresso. O presidente da Câmara já rompeu com o governo; o do Senado também está distante. Aliás, nenhum congressista deve subordinação a outra pessoa que não seja seu eleitor. Ela própria se enredou no nó que vem armando há mais de quatro anos e agora não sabe como sair. Aliás, o que mais faz é se enredar em seus próprios atos e palavras. Na recente reunião com ministros não petistas, afirmou que a Lava-Jato derrubou o PIB em um ponto percentual, sem explicar o cálculo. Poderia , em lugar disso, agradecer à Lava-Jato por combater a corrupção que corrói o Brasil e seu PIB moral. Como teme vaias nas viagens pelo país, está viajando mais para o exterior, supostamente para fazer política externa. Uma política presa aoMercosul, aos bolivarianos, aos Brics. Política externa principalmente presa à ideologia e não solta no pragmatismo. Na economia, foi incapaz de diminuir o número de ministérios e de cargos comissionados. Os juros e a inflação subiram e a atividade econômica continua em queda livre.
Mas adivida pública continua em alta. Só no primeiro governo Dilma, subiu 1 trilhão 240 bilhões. A Nação paga mas o governo não reduz o suficiente suas próprias contas. É como se alguém ganhando mil reais por mês precisasse economizar 50 reais para pagar juros de suas dívidas, mas só consegue guardar 5 reais. No princípio, era o desajuste. E o desajuste fiscal habitou entre nós e nele semeou o desgoverno. Para tentar se proteger, refugiou-se na bicicleta, na redução do peso corporal, na alienação da realidade e na entrega da coordenação política ao seu vice - bem melhor que os chefes do Gabinete Civil que, aliás, a sucederam no cargo: EreniceGuerra, Antonio Palocci, Gleisi Hoffmann, AloízioMercadante. Deve ter ficado caveira de burro enterrada por lá, depois que saiu José Dirceu. Já tivemos o binômio Energia e Transportes de Juscelino; Segurança e Desenvolvimento, nos governos militares. Agora temos o binômioDesajuste e Desgoverno.
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