domingo, 28 de junho de 2015

Recordar é viver: otimismo de Luiza Trajano era mesmo muito suspeito!

Em janeiro do ano passado, escrevi um texto sobre o suspeito otimismo da empresária Luiza Trajano, após uma entrevista no Manhattan Conection em que a sócia controladora da Magazine Luiza esbanjava empolgação com os rumos da nossa economia. Como recordar é viver, vale a pena resgatar alguns pontos escritos na época:
A entrevista da empresária Luiza Trajano no Manhattan Conection caiu nas graças da esquerda nacional (eles assistem Globo News e Diogo Mainardi, que fique para os registros). O que celebram é uma suposta detonada que a varejista teria dado nos pessimistas do grupo, especialmente no próprio Diogo Mainardi. Trajano teria mostrado a metade cheia do copo, enquanto a imprensa prefere focar na metade vazia.
E quando um terço apenas está cheio? Como fica? E quando um quarto somente está cheio? Sim, a empresária tentou argumentar com estatísticas, que podem ser a arte de torturar números até que eles confessem qualquer coisa. Mas cá entre nós: chega a ser constrangedora a empolgação dos esquerdistas, quando lembramos que Trajano tem que ser otimista e expressar isso aos quatro ventos!
Ora bolas, não foi ela que foi cotada para integrar até ministério do governo Dilma? Não foi ela a grande beneficiada com o programa assistencialista que distribui recursos para as classes mais baixas comprarem produtos no varejo? Regina Casé foi à televisão divulgar a compra de votos, digo, o programa social do governo Dilma, que inclui até tablet. Alguém quer saber a “opinião isenta” da apresentadora do “Esquenta!” também? Aposto duas mariolas mordidas como já sei a resposta…
Óbvio que Luiza Trajano “está” otimista e enxerga o copo meio cheio. Ela precisa falar isso! Chama-se propaganda eleitoral no meu dicionário, recompensa, retribuição, pagamento, toma-lá-dá-cá, parceria, capitalismo de estado, o nome que for. No mais, ela é importante varejista no país, claro que deseja crer, também, na continuação do modelo de estímulo ao consumo, que estaria longe de ser uma bolha. Seu negócio depende disso.
[...]
Chega a ser irresponsável uma empresária importante vender a ideia aos leigos de que está tudo uma maravilha, quando tantas famílias já se encontram tão endividadas, em um momento em que as taxas de juros sobem, assim como a inflação, e uma crise mais aguda só não ocorre porque a taxa de desemprego ainda está em patamar reduzido. Daqui a dois anos voltamos a conversar…
Pois bem: fast foward até o presente, e o que temos, em pouco mais de um ano apenas? Crise, das grandes. Inflação acima de 9%. Atividade com queda esperada de 2% para este ano. E, claro, o varejo fechando as portas e demitindo por conta dessa crise severa, causada pelo governo Dilma:
A crise no mercado de trabalho começa a bater nas portas das maiores varejistas do país. Depois de a Via Varejo anunciar ontem que demitiu 3.000 funcionários do Ponto Frio e das Casas Bahia nas últimas semanas, chegou a vez de o segmento de moda e vestuário entrar na onda das demissões. De acordo com o Sindicato dos Comerciários de São Paulo, o aumento do desemprego é reflexo da retração econômica e da queda nas vendas no varejo.
Reportagem desta quarta-feira do jornal Valor Econômico mostra que, em São Paulo, Renner, Marisa, C&A e Riachuelo, as quatro maiores varejistas de moda do país, fecharam 1.200 postos de trabalho de janeiro até 15 de junho. “O número de homologações é 45% maior que as demissões efetuadas no mesmo período de 2014, quando as empresas demitiram 818 pessoas”, informou o sindicato.
Procuradas pelo jornal, Riachuelo e Renner não responderam ao pedido de entrevista. A C&A informou em comunicado que “oscilações no quadro de funcionários podem acontecer em função das exigências de mercado”. A empresa também informou que vai manter seu plano de expansão de longo prazo no Brasil. Já a Marisa informou que realizou uma adequação no quadro de colaboradores para o cenário deste ano.
O Magazine Luiza não está imune à crise, naturalmente. E suas ações, em queda livre, mostram bem isso:
Magazine Luiza
Como fica claro, havia, naquela época, os que estavam certos, e os que estavam errados. Havia, também, os que podiam falar o que realmente pensavam, e os que precisavam mentir. Havia, ainda, os que fazem análises independentes, e os que têm rabo preso por forte ligação com o governo. E, por fim, havia os que possuem bons conhecimentos de economia, e os bajuladores do governo esquerdista, que ignoram os fundamentos básicos de economia. Esses ainda acham, hoje, que tudo vai ficar bem logo logo…
Rodrigo Constantino

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