A escolha do jornal satírico francês Charlie Hebdo, vítima de um atentado terrorista no início deste ano, como homenageado de um evento da associação literária americana PEN, em Nova York, provocou um racha no mundo dos livros. Seis romancistas anunciaram que não irão à cerimônia em protesto contra o que seria "cegueira" da organização americana "ante a arrogância cultural francesa", porque a PEN decidiu entregar o seu prêmio anual ao Charlie. Entre os escritores, estão Peter Carey, Michael Ondaatje e Teju Cole, que já veio ao Brasil para a Flip, em 2012. Em resposta, o indo-britânico Salman Rushdie bateu pesado nos dissidentes, a quem chamou em uma publicação no Twitter de "seis autores em busca de um pouco de caráter". O evento está marcado paraJá a PEN, em resposta em seu blog aos autores descontentes, sustentou que lamentará não ver aqueles que optaram por não comparecer à cerimônia, mas que respeita suas convicções. Recentemente, a diretora-executiva do PEN,
Suzanne Nossel, justificou a escolha do jornal dizendo que ele "merece ser reconhecido por sua coragem ante um dos mais perniciosos ataques à expressão na memória recente". "Ao pagar o preço mais alto pelo exercício de sua liberdade, e depois suportando a devastadora perda, o Charlie Hebdo merece", disse.
Espécie de porta-voz dos dissidentes, o australiano Peter Carey, que já venceu duas vezes o prestigiado Booker Prize, disse que a escolha do Charlie Hebdo rompe com o papel tradicional da PEN de proteger a liberdade de expressão contra a opressão governamental, por se tratar de um veículo situado em um país que oprimiria aqueles que se tornaram autores do massacre. "Foi cometido um crime atroz.
Mas a PEN deve se ocupar deste tipo de liberdade de expressão?", disse Carey em eum e-mail para o jornal The New York Times. "Tudo isso se complica com a aparente cegueira da PEN ante a arrogância cultural da nação francesa, que não reconhece sua obrigação moral em relação a um amplo e desprotegido segmento de sua população", acrescentou, fazendo referência à maneira como os árabes são tratados na França.
O prêmio será entregue a um membro da equipe do Charlie Hebdo, Jean-Baptiste Thoret. No dia 7 de janeiro, quando um atentado matou 12 pessoas, entre elas cinco chargistas, na redação do jornal, Thoret chegou tarde à reunião de pauta e salvou sua vida.
(Com agência France-Presse) 5 de maio.
*Os franceses devem então arcar com a responsabilidade sobre uma multidão de ignorantes que migram e fazem filhos como ratos? Se a França não serve que voltem para suas areias e curtam como queiram o Alcorão.
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