terça-feira, 20 de janeiro de 2015

Covardia moral – artigo no GLOBO

Um inimigo fanático disposto a morrer para matar intimida qualquer pessoa normal. Quem ama a vida, aprecia o conforto material e a liberdade tem receio de enfrentá-lo. Gerações criadas na prosperidade, em boa parte construída por seus pais, sentem ainda mais dificuldade de aceitar sacrifícios para derrotar um tipo desses. Mas não há alternativa.
Todos conhecem a síndrome de Estocolmo, quando o refém se encanta pelo algoz. Não digo que os intelectuais ocidentais cheguem a tanto (em alguns casos mais patológicos, sim), mas muitos sofrem hoje da síndrome de Oslo: um povo sitiado, como o judeu, que cedeu em quase tudo e fez inúmeras concessões, na esperança de ficar bem com o inimigo. Recebeu mísseis na cabeça em troca.
O caso do terrorismo islâmico não é trivial, e qualquer resposta simples estará errada. Mas, sem dúvida, os ocidentais precisam parar de culpar o próprio Ocidente pela maluquice dos outros. E mais importante: precisam parar com essa mania de que cabe a eles, de alguma forma, mostrar um sorriso mais amigável ou oferecer uma flor para que, com tal gesto belo, sejam deixados em paz. Que doce e perigosa ilusão!
O primeiro passo para vencer uma guerra é reconhecer a ameaça. Aqueles que buscam fugas ou apelam para discursos românticos devem sua segurança e sua liberdade aos que são realistas e enfrentam com coragem os inimigos. O Ocidente não conquistou facilmente seus principais valores: a democracia, a tolerância e as liberdades individuais. Derrotar a barbárie custou muitas vidas e derramou muito sangue. E a vitória nunca é definitiva, como o comunismo, o fascismo e o nazismo demonstraram.
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