domingo, 11 de janeiro de 2015

CAIO BLINDER- Somos todos franceses (VIII)

Hora de denunciar a banalização da solidariedade. Mon Dieu! Constrange erguer o lápis em desafio ou segurar o cartaz Je Suis Charlie quando os novos integrantes da passeata são o regime xiita do Irã e o grupo terrorista palestino Hamas. A causa desvaloriza mais do que uma ação da Petrobras.
O coro realmente engrossa com a participação da turma do aiatolá Khamenei denunciando a barbaridade terrorista em Paris. Imagine, foi o antecessor de Khamenei, o venerável aiatolá Khomeini, que decretou uma fatwa em 1989 para a morte do escritor Salman Rushdie por insultar o islamismo com o seu livro Versos Satânicos. E agora Khamenei está chocado porque terroristas islâmicos mataram os cartunistas do Charlie Hebdo que insultaram Maomé?
O Hamas denunciou as matanças em Paris dizendo que nada “justifica matar inocentes”, o mesmo Hamas que não teve pudor para realizar atentados suicidas contra Israel ou que dispara foguetes de Gaza de forma indiscriminada, tratando qualquer inocente como um inimigo. A Constituição do Hamas estipula a destruição do estado de Israel.
O grupo terrorista libanês Hezbollah, escudeiro do genocida sírio Bashar Assad, tomou nota que os atentados em Paris causaram mais danos para a causa do que as charges do Charlie Hebdo. Uma quase solidariedade.
Nesta horas fico marxista (da ala Groucho), desconfiando da qualidade do clube da civilização que tem Khamenei e o Hamas como seus sócios. Eles não são Charlie.

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