Saiba tudo sobre a mãe dos dois filhos uruguaios de Olívio Dutra. A mulher, Inês Buzo, cumpria tarefas dos Tupamaros no Brasil.
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A uruguaia Inés Graciela Abelenda Buzo (foto ao lado), citada hoje pelo jornalista Vitor Vieira como mãe de dois filhos que teve na clandestinidade de Porto Alegre com o ex-governador Olívio Dutra, algo que ninguém sabia no RS, chegou a Porto Alegre com nome falso a Porto Alegre em 1981, vinda de São Paulo, sua primeira cidade no Brasil.
. Ines Graciela chegou a São Paulo em 1976, diretamente de Buenos Aires, onde também vivia clandestinamente, desde que fugira de Montevideu, em 1975 .
. Ela era militante do Partido de La Vitória Del Pueblo (Tupamaros) e foi enviada pela facção guerrilheira uruguaia para substituir Lilian Celiberti na condução de uma célula de militância do PVP.
, Lilian foi sequestrada pelo DOPS gaúcho em 1979.
Viva la revolución continental
Inés tinha a tarefa de facilitar a entrada de foragidos políticos uruguaios no Brasil e dar instrução revolucionária a sindicalistas gaúchos.
. Para viver, Inés Graciela também dava aulas particulares de inglês.
Romance com Olívio foi revolucionariamente tórrido, clandestino e profícuo
Devido a suas atividades, conheceu e aproximou-se de Olívio Dutra, então presidente do Sindicato dos Bancários/RS. Os dois iniciaram um relacionamento ardoroso e secreto, pois Olívio era casado e tinha dois filhos.
. Inés Graciela ficou grávida e, em 5 de abril de 1983, nasceu a primeira filha dos amantes, registrada somente pela mãe, com o nome de Ana Inés Abelenda Buzo.
. Logo depois de registrar a filha, a guerrilheira apresentou-se à Policia Federal com sua identidade uruguaia verdadeira e solicitou que fosse regularizada sua situação do Brasil , já que tinha uma filha brasileira.
. Meses depois, Inés Graciela engravidou novamente de Olívio Dutra, que continuava casado com dona Judite, como acontece até hoje. Em 9 de outubro de 1984, nasceu Rodrigo Alberto Abelenda Buzo, mais uma vez registrado apenas pela mãe, porque o pai não assumiu a paternidade.
. Logo em seguida, a uruguaia decidiu retornar ao seu pais, que foi redemocratizado, levando seus dois filhos. Para isso, as crianças deveriam obter a nacionalidade uruguaia.
Olívio não assumiu as paternidades. Crianças registraram impressões digitais.
Inés foi ao Consulado daquele país acompanhada por amigos que a apresentaram aos funcionários consulares e trataram de resolver o assunto. Nunca Olívio Dutra aparecia.
. As duas crianças, a mais nova de poucos meses, chegaram a marcar suas impressões digitais nas cédulas de identidades uruguais.
. Logo depois, retornaram para Montevidéu, com a ajuda do pai de Inés Graciela, que veio a Porto Alegre buscar a filha e os netos.
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