quarta-feira, 22 de outubro de 2014

Toquei na ferida dos canalhas. Ou: A esquerda caviar só sente no bolso

Minha campanha pelo boicote voluntário àqueles artistas que emprestam a fama para colaborar com um projeto nefasto de poder foi um sucesso, e já tem quase 40 mil curtidas. Mas há um termômetro ainda melhor para julgar que fui direto na ferida dos canalhas: a reação dos próprios!
Uma horda de militantes em pânico invadiu meu blog com comentários dos mais ofensivos, para provarem como sou intolerante. Eu sou um “ditador” por não comprar os livros e discos de quem defende o bolivarianismo, e eles me acusam disso ao lado de… ditadores! Eu “odeio” demais os outros, e eles afirmam isso com baba de ódio escorrendo pelo canto da boca, ao lado de Marilena Chaui, aquela que odeia abertamente a classe média. Não é fofo?
Como havia adiantado, essa é a parte mais sensível do corpo dessas “almas sensíveis e caridosas”: o bolso! Eles morrem de medo de faturar menos, pois são os igualitários abnegados mais materialistas e gananciosos que já conheci. Só querem ganhar, ganhar e ganhar. Entram em desespero com o risco de perder tetas estatais e ainda por cima mercado consumidor burguês, aquele em que cospem nos discursos.
O mais engraçado é a repetição de comentários muito coordenados dizendo que o boicote é ridículo e antidemocrático, e que como resposta vão boicotar a Veja (como se fossem assinantes). Pausa para me contorcer de tanto rir. Sei que não devia, pois a estupidez e a canalhice não são motivo de riso, e sim de choro. Como podemos ver, a revolta deles com o boicote é seletiva. A esquerda, aliás, faz boicote o tempo todo contra os Estados Unidos e Israel, mas na hora que é alvo dele, sai de baixo!
Outra coisa hilária – e também abjeta – é compararem a atitude voluntária de consumidores com o ato de perseguição ideológica de partidos no poder ou do próprio governo. Meu Deus! Tenho muita dificuldade de crer que somente a burrice explica algo assim. Expliquem como fere a democracia e a liberdade uma campanha de boicote voluntário? Por acaso essa turma fica sem o direito de comprar os livros e discos de seus ídolos?
É como aquela gente que compara o Muro de Berlim com o da fronteira entre Estados Unidos e México, ignorando o “detalhe” de que um servia para impedir a saída do próprio povo, e o outro a entrada de imigrantes ilegais. Ciro Gomes, pelo visto adorado pela turba, de tanto que citam seu nome, repetiu exatamente essa baboseira em um Fórum da Liberdade no painel anterior ao meu, e antes de abrir minha palestra fiz essa distinção, sendo ovacionado pelo público.
Por fim, outro “argumento” repetido feito vitrola com disco arranhado pelos autômatos: vou ter que comprar apenas arte dos que votam em Aécio, ou seja, Lobão, Roger, alguns sertanejos, etc. Como podem não ter compreendido absolutamente nada? É um espanto, mesmo para eleitores de Dilma.
O fato de eu propor que as pessoas parem de voluntariamente transferir recursos de suas contas para a de artistas engajados que abominam seus próprios consumidores da elite burguesa e querem transformar o Brasil em Cuba não quer dizer que esses consumidores só podem comprar livros e discos de quem defende abertamente Aécio. De onde tiraram algo tão estúpido?
O músico pode ser de esquerda que não tem problema algum. Pode até mesmo ser eleitor de Dilma. Faz parte. O voto é livre, a ignorância também. O voto é secreto, a ignorância nem tanto. O que a campanha pretende combater é a militância, o engajamento de artistas vendidos que se curvam como garotos-propaganda de um partido corrupto e alinhado a regimes ditatoriais.
Na União Soviética houve vários desse tipo, na Alemanha nacional-socialista também. Minha proposta é fazê-los sentir um pouco o peso de sua hipocrisia e canalhice. Acham a elite burguesa consumista um lixo? Nada mais justo do que essa elite se recusar a bancar quem a ofende e quer destruir suas liberdades, não é mesmo?
E para fazê-los sentir isso, nada melhor do que colocar o dedo na ferida e mexer na única parte do corpo em que têm sensibilidade: o bolso. Isso explica a reação ensandecida e furiosa dos canalhas. Sabem que eu, o “ser odiento” e “fascista”, retirei o véu de sua falsidade e expus o ódio e o fascismo dos próprios bajuladores de tiranos que odeiam a nossa liberdade.
Rodrigo Constantino

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