quinta-feira, 27 de maio de 2021
RUA MARECHAL BORMANN
Nasci e cresci na Marechal Bormann. Minha rua dos meus pés descalços, dos calções de pano, dos garrões encardidos de terra, o tempo parecendo não ter pressa, saindo devagar do pó para sapecar a pele no calçamento quente.
Do Boliche do Clube Chapecoense, que às vezes, nas tardes de domingo eu dava uma espiada; do Bar Estrela dos picolés de leite e guaranás bem gelados; da Boate Orixá que não era para o nosso bico; das Casas Chapecó; da Lanchonete Belacap, onde comi os meus primeiros hambúrgueres e torradas, tomando vitamina de maçã com banana, isso já com 16 anos; da Banca de revistas do Ivo Patussi, das figurinhas carimbadas e gibis coloridos; do açougue do Gottardo Pellegrini; da Barbearia Torres do amigo Setembrino; da Ferragem Chapecoense.
A Marechal Bormann era na minha infância chamada por todos de Rua do Saic (S.A. INDÚSTRIA E COMERCIO CHAPECÓ). Ela terminava no portão da empresa, naquela época a grande indústria frigorífica da cidade. Naqueles tempos ainda sobrava mais do que o berro dos bichos, sendo que havia um acampamento de urubus mais ao fundo, apetecendo-se das sobras. A força aérea urubuzeira vagava pelos ares por horas, voando até perto das nuvens.
Os suínos embarcados para matança transitavam dando seus gritos das carrocerias dos caminhões, como que dizendo adeus mundo cruel. Para mim uma rotina diária. Depois eles retornavam como presuntos, salames, copas e outras guloseimas. Dentro do complexo também havia o campo de futebol, de tantos domingos ensolarados,de inúmeros torneios disputados.
Ainda muito moleque eu era, mas lembro do time do próprio frigorífico; do Ipiranga do bairro Santo Antonio. Sentado na grama observava o jogo detrás da goleira. Gostava especialmente dos pênaltis, do suspense e emoção das cobranças nem sempre certeiras.
Nesses eventos o meu time preferido era o time de azul e amarelo da indústria. O tempo parece que correu, já passei dos cinqüenta. A minha rua cresceu, tomou corpo, é hoje buliçosa.
O asfalto tomou conta, sumiu o timbozal em que junto aos demais meninos da vizinhança eu brincava de “caubói” e de herói de filmes de capa e espada. O riozinho de outrora está escondido, não se ouve mais o coaxar dos sapos e rãs. É o progresso que não cessa, porém às vezes dá uma grande saudade do velho Chapecó de tantos rostos conhecidos.
terça-feira, 18 de maio de 2021
quarta-feira, 12 de maio de 2021
segunda-feira, 10 de maio de 2021
OFERECIMENTO
Mui longevo na vida, com expressão maltratadas pelo tempo, seguia Renato pela estrada poeirenta e vazia no final de uma tarde de verão. Na encosta do mato surgiu uma moçoila desconhecida na flor dos seus dezoito anos, que erguendo o vestido mostrou a entrada da gruta e todo o oferecimento do mundo, dizendo estar mais do que necessitada de um acasalamento. Renato parou, analisou e disse-lhe: “Vejo que és linda mulher, tanto de face como de corpo. Observo também tua educação e fineza pelas palavras bem pronunciadas que dizes, além da bondade de oferecer tanto tesouro a um bode velho. Mas te aconselho a seguir em frente, sendo das opções a atitude mais sábia, antes de acabar se enraivecendo com nós dois por causa de um brinquedo murcho”.
O PADRE NU
O padre Renato inovou de vez. No domingo apareceu no altar para rezar a missa completamente nu. Pediu a todos que fizessem o mesmo. A igreja ficou vazia. Reclamações chegaram ao bispado. “Interpelado pelo bispo disse:” Eu só queria inovar; imagine as manchetes-Padre Renato realiza a primeira missa de nudistas do Brasil! Não seria um estouro?” O bispo deve ter achado também um estouro, tanto que mandou o padre inovar em Angola.
SUSYLAND
SUSYLAND
Hermes sofria bullying na escola por causa dos seus braços compridos, sendo que os cotovelos davam nos joelhos. Então no Dia dos Namorados, tremendamente aborrecido com todos os seus colegas da escola e outros, subiu no telhado de casa, tendo nas mãos um pano escuro, esticou os braços até que pode e cobriu a lua. Foi o Dia dos Namorados mais sem graça em toda história de Susyland.
quarta-feira, 5 de maio de 2021
terça-feira, 4 de maio de 2021
segunda-feira, 3 de maio de 2021
Bibo Nunes abre notícia-crime contra Eduardo Leite. Ele quer explicações sobre o uso de caminhão do governo nos atos contra Bolsonaro.
O deputado federal Bibo Nunes acaba de protocolar notícia-crime contra o governador Eduardo Leite, tudo pelo uso de caminhões do governo estadual nas manifestações de sábado contra Bolsonaro, Porto Alegre. "Ele vai ter que se explicar", avisou o deputado do RS. Os caminhões foram fotografados e filmados ao lado da prefeitura da Capital. Estavam a serviço do MST e de grupos lulopetistas que cercaram a prefeitura, porque naquele momento o prefeito Sebastião Melo promovia reunião com secretários, vereadores e assessores, constrangendo-os. O deputado listou pelo menos um dos caminhões com placa IXE-0573, carimbado com a sigla SPE, SDR. Nas portas, era clara a informação de que o caminhão oficial foi repassado através do contrato de repasse 101.142.232.4012. Outro dos caminhões tinha placa de Bossoroca, IVF 2240. A frota toda estava carimbada com dizeres do MST e ataques a Bolsonaro.
DO BLOG POLIBIO BRAGA
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