O ENROLADO
O avião em que
estava caiu num lugar quente e deserto. Mariel estava um pouco machucado e perdido
por três dias, morria de sede e desidratação, não tendo encontrado nem mesmo um
pequeno arbusto para proteger-se, nem uma plantinha de onde pudesse retirar
água. Já no desespero viu ao longe viu uma edificação e depois de muito esforço
chegando mais perto leu a inscrição BAR DO BETO. Aliviado entrou, foi até o
balcão e pediu uma água mineral bem gelada. O atendente com a preguiça
assentada no lombo fuçava no celular então demorou em vir atendê-lo e quando
veio solicitou pagamento adiantado. O
sedento homem alcançou uma nota de cem reais e o mesmo alegou não ter troco.
Mariel disse que não precisaria dar troco, iria beber toda a nota em água. O atendente começou então a verificar a nota achando
que talvez fosse falsa. Pediu um tempo para ir ao banheiro, já voltaria. A sede
matava o homem e o atendente se enrolando. Nisso chegou o Beto e prontamente
atendeu o cliente, além de cuidar dos seus ferimentos. “Disse ele:” Não ligue
para o meu funcionário. “A vida toda esteve com políticos, está aprendendo a
trabalhar agora.”
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