Genivaldo
veio do interior do Ceará para morar em São Paulo. Arrumou um quarto para morar
que na verdade não era nem um terço. Para conseguir abotoar a camisa ele
precisava sair para o lado de fora ou nada feito. Dormir e sonhar nem pensar; o
sonho ficava na rua em frente. Arranjou
uma namorada, mas ele namorava dentro e ela no sereno ou na chuva. Genivaldo
ficou um mês e se cansou daquele cubículo. Aborreceu-se e foi morar dentro de
uma caixa de fósforos. De graça.
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