Em uma resenha sobre Ferdidurke, de Witold Gombrowicz, a última Veja se refere ao "excêntrico autor polonês que já era íntimo dos argentinos - e só agora chega ao Brasil".
Jerônimo Teixeira, o autor da resenha, deve ser jovem. Gombrowicz foi muito lido no Brasil nos anos 70 e teve duas obras publicadas entre nós: Bakakai (1968, tradução de Álvaro Cabral) e Pornografia (1970, tradução de Flávio Moreira da Costa), ambas pela Editora Expressão e Cultura, do Rio.
Gombrowicz é um personagem curioso. Desembarcou em 1939 na Argentina, por acaso. Como naquele ano Hitler invadiu a Polônia, resolveu ficar por aqui mesmo. Trabalhou como bancário na Argentina. Vivia com colegas em uma pensão e recusava-se a arrumar seu quarto. "Eu sou nobre. E nós, os nobres, detestamos tarefas braçais". Bakakai pode soar como polonês, mas é apenas o nome de uma das ruas em que viveu em Buenos Aires.
Além de jovem, Jerônimo Teixeira deve ser preguiçoso. Bastaria uma olhadela no Google e em 0,15 segundo teria esta informação. É espantoso como, em plena era internética, jornalistas desdenhem os recursos que a Web oferece.
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