segunda-feira, 2 de maio de 2016

POEMINHAS

 HUMANO

Diante de nós está
O céu
O sol
O horizonte sem fim
Mas por que nossos olhos
Preferem só visualizar os urubus?


DESPACHADO

Um dia tudo passa
A dor
O amor
O choro
O riso
A tristeza
A alegria
No final de tudo
Só resta um corpo inerte
Deitado sobre e cercado de madeira
Pranteado por seus amados
E como praxe da vida que segue

Encaminhado para o esquecimento.


CERTEZA

A vida corre
A morte nos espera
Somos ínfimas partículas
Filhas longínquas da grande explosão
Então mesmo sabendo
O que nos aguarda no fim
Vivemos com pressa
Como se a morte
Fedorenta e fria
Não fosse nos esperar.


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